Após o parto, mulher descobriu condição rara que quase tirou sua vida

Victoria Walker, de 28 anos e mãe de dois filhos, da cidade britânica de Southampton, estava sentido dores fortes nas costas e achava que era devido a consequências do parto de seu segundo filho. Três dias depois que recebeu alta, sua amiga, Alice Flood, de 26 anos, notou que ela estava tão atordoada que era incapaz de falar corretamente, então Sr.ª Walker foi levada às pressas para o hospital e submetida a exames que revelaram que ela estava com sepse, infecção geral grave causada por alguma disfunção de órgãos.

Os médicos alertaram que se ela não tivesse procurado ajuda médica, poderia ter morrido. “Não consigo parar de pensar em como tenho sorte de estar viva. O pensamento de que eu poderia ter deixado meus filhos é a coisa mais assustadora. Eu pensei que meus sintomas eram porque eu tinha dado à luz, que era normal ter dores nas costas. Se não fosse por Alice, eu não estaria aqui. Sou tão grata a ela”, disse Walker.

Sr.ª Walker recebeu alta do hospital cinco dias depois de ter dado à luz seu filho Tommy, que tem agora um ano de 10 meses. Mas depois de ir direto para a cama, ela acordou seu marido, James Hocking, de 29 anos, queixando-se de dor nas costas. Ela então passou uma hora no banho tentando se aquecer enquanto tremia.

Hocking disse que precisava ir ao hospital, mas ela estava convencida de que estava bem. No entanto, sua condição continuou a piorar. Sr.ª Flood veio visitá-la no terceiro dia após o parto e a convenceu a telefonar ao hospital e relatar os sintomas. Os atendentes disseram que ela precisava realizar tratamento médico imediatamente. Sua mãe, Helen Everett, de 53 anos, a levou para o hospital onde ela fez exames de sangue, radiografias do tórax, dos rins e exames cardíacos.

Sentindo-se bastante esgotada, ela também precisou de uma transfusão de sangue de quatro horas, oxigênio e antibióticos intravenosos. Em sua primeira noite de volta ao hospital, ela foi diagnosticada com sepse, causada por um cisto em seu rim esquerdo, que tinha sido desenvolvido devido à uma infecção urinária. “Eu não tinha a menor ideia do que era sepse, mas os médicos explicaram que era o envenenamento do sangue. Quando eu pesquisei, li que as pessoas frequentemente confundem a sepse com a gripe comum e que ela pode ser fatal, o que foi tão assustador”, comentou Walker.

Ela passou 11 dias no hospital sendo monitorada de perto por enfermeiras, que disseram que ela acordava quase todas as noites tremendo. As enfermeiras tinham que cuidar de Tommy, já que Sr. Walker estava muito fraca para fazer isso sozinha. Uma vez que sua infecção ficou sob controle para que ela recebesse alta mais uma vez, ela ainda teve que retornar como uma paciente ambulatorial todos os dias durante três semanas, para receber antibióticos por via intravenosa.

Ela sofreu de estresse pós-traumático por cerca de um ano e entrou em pânico ao saber que ela poderia desenvolver sepses novamente no futuro. Mas agora de volta à normalidade, ainda pensa sobre essa aterrorizante experiência todas as manhãs quando acorda e antes de ir para a cama à noite. “Tenho de me lembrar de estar grata por estar aqui. Eu só penso em meus garotos e me sinto bem. É importante que as pessoas estejam conscientes dos sintomas, porque é fácil de se enganar sobre a sepse”, pontuou Walker.

Dr. Ron Daniels diretor-executivo do UK Sepsis Trust, associação especializada em sepse, disse: “Histórias como a de Victoria nos lembram do devastador custo humano da sepse. Indivíduos e famílias têm suas vidas despedaçadas todo dia no Reino Unido por esta condição, e um quarto dos sobreviventes sofre consequências duradouras”. “Reconhecer e tratar o quanto antes a sepse também pode significar resultados extremamente melhores para os afetados”, completou.

Felizmente, essa história teve um final feliz. Por isso é sempre bom consultar um médico regularmente e assim prevenir que essas e outras doenças surjam e acabem com o bem mais precioso do ser humano: a vida.

[ Daily Mail ] [Fotos: Reprodução / Daily Mail ]