Em períodos de transição, associados à perda de entes queridos ou fases complicadas da vida, a tristeza está sempre em evidência. Assim como qualquer outro estado emocional, o corpo reage e em alguns casos, as pessoas até costumam relatar dores ou apertos no peito. Na maioria das vezes, essa reação é provocada pela liberação de um hormônio chamado adrenalina.
Este hormônio neurotransmissor produzido pelo sistema endócrino, mais precisamente pela glândula suprarrenal, é liberado a partir de uma mensagem enviada do cérebro para o corpo. Isso ocorre quando passamos por situações de estresse, que incluem tristeza e ansiedade.
Logo, nosso corpo entra em um estado de alerta, desencadeando estímulos naturais de defesa, conhecidos como de “luta ou fuga”: uma série de reações não controláveis provocadas pelo sistema nervoso autônomo para responder uma situação de perigo. Logo, teremos a opção de evitá-la (medo), ou confrontá-la (raiva), para garantir a sobrevivência.
Nosso corpo inicia esse protocolo para se prevenir. A liberação da adrenalina provoca algumas reações comuns, como a contração dos músculos, aceleramento dos batimentos cardíacos e dilatação das pupilas, por exemplo.
A contração muscular, principalmente do tórax, aumenta a quantidade de oxigênio no sangue, a fim de fornecer mais energia caso seja necessário, o que também permite ao corpo agir com maior rapidez. No entanto, às vezes essa tensão é tão grande que causa dores na região do tórax, e algumas técnicas de respiração podem ser úteis.
Porém, é importante ressaltar que existe uma diferença entre a tristeza e problemas mais graves de saúde como depressão e doenças cardíacas. Se você notar que ela persiste por algum tempo e que está sempre acompanhada de outros sintomas, é essencial que procure ajuda médica. Quando se trata de depressão, sinais de apatia, indiferença, falta de esperança, de perspectivas ou prazer de vida são comuns. Assim como qualquer outra doença, ela deve ser tratada.
Para os casos de problemas cardíacos, emoções muito fortes, como brigas e tristezas profundas por exemplo, podem, com o tempo, causar tais condições.
Conforme lembrado pelo biólogo, a tristeza pode até fazer bem para os seres humanos, sendo considerada normal e necessária. No entanto, quando sai de nosso controle pode provocar danos à saúde e por isso, é essencial procurar ajuda médica para diagnósticos e melhores tratamentos.
[ Diário de Biologia ] [ Foto: Reprodução / Diário de Biologia ]