8 dados interessantes sobre os ovos, um dos alimentos mais nutritivos do mundo

Um dos verdadeiros milagres da vida, o humilde ovo, é talvez um dos alimentos mais versáteis do planeta.

de Redação Jornal Ciência 0

Ele é formado em períodos entre 24 e 26 horas, e as galinhas podem botar cerca de 250 ovos por ano. O ovo é “pura proteína”, e há vários métodos (tanto doces, quanto salgados) de preparar esta potência nutricional natural.

Ovos podem ser adicionados crus em smoothies, podem ser fritos, cozidos, mexidos ou pochê, e podem ser consumidos no café da manhã, almoço, lanche e jantar. Podem ser comprados em quase qualquer lugar, duram várias semanas, são relativamente baratos e podem fazer mágica em fornadas de bolos, biscoitos e pães.

Todos nós sabemos quão facilmente eles podem ser transformados em uma refeição, mas há muito mais nos ovos do que podemos ver. A seguir, tudo o que você precisa saber sobre o poderoso ovo.

1. Ovos são históricos

Ovo de avestruz. Foto: Reprodução / Shutterstock

Os seres humanos comem ovos desde os primórdios da humanidade. Os antigos romanos comiam ovos de pavão, e dizem que os chineses se interessavam por ovos de pombo.

Quando a maioria de nós pensa em ovos, geralmente imagina ovos de galinha. No entanto, ovos de codorna, pato, ganso e peru também são consumidos.

Os de avestruz e meu (espécie endêmica da Austrália) são possivelmente os maiores ovos comestíveis, pesando de 1 a 2 kg. Há ainda as ovas de peixe, como caviar e hilsa, uma iguaria repleta de nutrientes essenciais.

2. Ovos = potência nutricional

Os ovos são considerados um dos alimentos mais nutritivos do planeta. São uma fonte natural de proteína barata e de alta qualidade: mais da metade da proteína se encontra na clara, que também inclui vitamina B2 e quantidades menores de gordura do que a gema.

A proteína dos ovos ajuda a reduzir a pressão arterial, otimizar a saúde óssea e aumentar a massa muscular.

Os ovos também são uma fonte rica em selênio, um antioxidante importante para o funcionamento da tireoide, nosso sistema imunológico e saúde mental, junto com as vitaminas D, B6, B12, zinco e ferro. São uma boa fonte de antioxidantes e também podem ajudar a reduzir o risco de degeneração macular e catarata.

3. Costumavam ter má reputação

Por muitos anos, os ovos foram considerados prejudiciais à saúde devido aos seus altos níveis de colesterol. De fato, se recomendou limitar o consumo de ovos.

Mas essa informação se originou do que hoje são consideradas conclusões incorretas de uma pesquisa inicial que estabelecia que o colesterol alimentar contribuía para aumentar o colesterol no sangue.

Muita gente acredita que o colesterol é prejudicial, mas a verdade é que ele é essencial para o funcionamento do nosso organismo. Portanto, apesar do que você pode ter ouvido por aí, não há uma recomendação que limite o número de ovos que você pode comer.

4. Sempre foram simbólicos

Em muitas culturas ao redor do mundo, o ovo é sinônimo de vida nova, fertilidade e renascimento. Eles significam vida nova desde as origens da humanidade, muito antes da formação das religiões, como o Cristianismo. Na verdade, um antigo provérbio romano dizia que toda vida vem de um ovo.

5. Não, os ovos não são a menstruação da galinha

Frequentemente, muitos dizem que os ovos são a “menstruação da galinha”, mas não é bem assim. A gema do ovo que comemos no dia a dia é um óvulo não fecundado — ou seja, não houve a fertilização com a célula reprodutiva masculina do galo.

Na mulher, a menstruação também acontece quando o óvulo deixa de ser fecundado, mas isso ocorre somente cerca de duas semanas depois da própria ovulação, que é a liberação deste gameta feminino.

Esta comparação é complicada também pelo fato das galinhas, por não serem mamíferas, terem um sistema reprodutivo bastante diferente. Elas não têm um útero e um endométrio como nós, humanas (e mamíferas). O endométrio, um revestimento do útero que visa “abrigar” o feto, é aquilo que a mulher elimina a cada menstruação.

As galinhas até têm uma seção do oviduto (canal pelo qual acontece a reprodução) análoga a um útero, que costuma ser chamada de “glândula da casca”. Entretanto, sua função e funcionamento são muito diferentes do útero das mamíferas.

6. Covid-19 aumentou a demanda

Foto: Reprodução / Shutterstock

As vendas de ovos dispararam durante a pandemia, o que por sua vez levou a um aumento significativo no preço dos ovos em várias partes do mundo.

A demanda por ovos é historicamente alta durante períodos econômicos difíceis, possivelmente devido ao fato de que eles são uma fonte relativamente barata de proteína e outros nutrientes e também são um ingrediente extremamente versátil.

E com mais tempo em casa, a atual pandemia levou mais famílias a cozinhar do zero, assar pães e bolos e comer em casa, usando portanto mais ovos.

7. Múltiplos usos

Os ovos não são apenas para comer. Eles têm muito mais usos tanto dentro de casa, quanto em seus arredores e no jardim, além de serem ótimos em produtos de beleza caseiros.

Os ovos podem ser uma excelente cola caseira, podem ser usados ​​para limpar couro e podem servir, inclusive, de adubo. A casca também é um recurso surpreendentemente útil, e uma parte vital e importante deste maravilhoso alimento repleto de nutrientes.

Algumas das muitas utilidades da casca de ovo incluem abastecer sua pilha de compostagem, ser usada como desentupidor abrasivo e para controlar pragas no jardim. E a membrana da casca do ovo pode até ser usada como um curativo improvisado para cortes ou arranhões — certifique-se apenas de limpá-la bem primeiro.

8. As gaiolas em bateria são proibidas na União Europeia

Gaiolas em bateria limitam os movimentos das galinhas e trazem sofrimento. Foto: Reprodução / Shutterstock

Mais de 90% dos ovos produzidos no Reino Unido, por exemplo, têm a marca registrada. Isso garante que as galinhas e os ovos são britânicos, que as galinhas foram vacinadas contra salmonella e criadas de acordo com os altos padrões de bem-estar exigidos por lei. Na União Europeia, as convencionais gaiolas em bateria são proibidas.

No Reino Unido, elas foram substituídas por gaiolas maiores e “enriquecidas”, que permitem que as galinhas expressem mais seus comportamentos naturais, como se empoleirar, tomar banho de poeira e fazer ninho.

No Brasil não existem restrições legais, mas diversas empresas da indústria alimentícia já anunciaram planos de abandonar o uso de ovos de galinhas confinadas em gaiolas de bateria.

Fonte(s): The Conversation por Hazel Flight Imagens: Reprodução / Shutterstock

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