Mesmo que a ciência ajude as pessoas a entender o mundo, ainda há algumas coisas que simplesmente não possuem respostas. Parece que quanto mais descobrimos sobre a vida neste planeta, mais mistérios aparecem. Separamos 10 exemplos de mistérios que os cientistas não conseguiram resolver, ainda.
7 – Vacas sempre ficam em direção aos polos enquanto comem
A maioria das pessoas não dão muita atenção para o pasto, mas quando uma equipe de cientistas analisou milhares de imagens de satélite do Google Earth, buscando observar vacas, percebeu que todas elas ficam na mesma direção, voltadas aos polos magnéticos da Terra (Norte ou Sul), quando estão pastando ou descansando.
O padrão se manteve consistente independentemente do vento ou outros fatores, mas ninguém está muito certo do motivo. Embora alguns animais sejam conhecidos por conter uma “bússola interna”, esta é a primeira vez que este tipo de geolocalização foi encontrado em um grande mamífero. Outra coisa estranha é que quanto mais perto elas estão dos polos, menos precisa elas são no posicionamento.
Os cientistas não sabem se o fenômeno está relacionado com uma noção de localização ou é uma tentativa mal calculada de afastar predadores, embora pareça existir um padrão ao redor do mundo. Além disso, o fenômeno parece ter um efeito sobre a produção agrícola, embora ninguém possa dizer como.
6 – Por que alguns ancestrais mamíferos voltaram para água?
Sabemos que animais marinhos, por conta da Teoria da Evolução, saíram da água para o solo, desenvolvendo membros. Isso porque as regiões terrestres continham uma grande quantidade de recursos inexplorados, ideais para a evolução bem-sucedida. Mas por que alguns desses animais, como os ancestrais imediatos de baleias e focas, resolveram voltar para o ambiente marinho?
Este é um mistério. Isso porque, é evolutivamente muito mais difícil para os animais terrestres irem para o mar do que o contrário. Esta situação intriga os cientistas há muito tempo. Mamíferos marinhos desenvolveram o método mais eficiente de navegar utilizando as caudas ao invés de “remar”. Isso ocorreu muito tarde no curso da evolução, o que nos faz pensar: por que passar por todo esse problema? A resposta não é conhecida.
5 – Plantas com alcaloides
Plantas muitas vezes produzem substâncias com alguns efeitos, como alucinógenos. O mesmo acontece com os animais. Alcaloides são substâncias que ocorrem naturalmente nas plantas. Uma das mais populares é a morfina. Cerca de 7.000 diferentes tipos de alcaloides foram identificados em plantas, e mesmo que os cientistas tenham estudado esses produtos químicos extensivamente, ainda não sabem ao certo porque eles estão lá.
Estas substâncias provocam uma variedade de respostas intensas quando consumidas por outros animais. No caso da papoula, que produz morfina, especialistas acreditam que é possível que sirva para manter os predadores afastados. Alguns acreditam que, em vez de razões externas, ela possa ser útil para a regulação do metabolismo das próprias plantas.
4 – Por que flores estão em toda parte?
As plantas com flores configuram a classe das angiospermas, e como você pode ter notado, elas estão por toda parte. O que pode ser uma surpresa, no entanto, é que não foi sempre assim. As plantas floridas acabaram com outros tipos de plantas em um período de tempo muito rápido, há cerca de 400 milhões de anos.
Como resultado, elas constituem cerca de 90% de todas as espécies de plantas atuais. Segundo Charles Darwin, este era “um mistério abominável”, pois batia de frente com seu modelo de evoluções lentas, através da seleção natural. E não há nada evolutivamente benéfico neste caso, pois com a energia utilizada para gerar as flores, as plantas poderiam crescer mais rápido e crescer degraus na cadeia alimentar.
3 – Como existem colônias de formigas-argentinas em vários continentes?
Superficialmente, formigas-argentinas parecem formigas comuns, mas, possivelmente, elas representam uma das únicas espécies – além do ser humano – a conseguir criar colônias em três continentes (Europa, América do Sul e Ásia). Elas, inclusive, compartilham as mesmas características genéticas sendo, essencialmente, a mesma população de formigas. Como a distribuição geográfica destas colônias é assustadoramente grande, a estrutura social delas também tem confundido a ciência.
O reconhecimento de suas “irmãs” acontece de forma imediata: estão sempre juntas e são agressivas com formigas de outras espécies. Além disso, o código genético das formigas de hoje não mudou muito durante milhares de anos. Isso é estranho, já que organismos fora de seus ambientes nativos, geralmente, evoluem rapidamente, mas isso não ocorreu com as formigas-argentinas.
2 – O misterioso ancestral humano
A linhagem de seres humanos modernos foi muito estudada ao longo dos anos, e mesmo que os primeiros humanos tenham surgido há muito tempo, parece que temos uma boa ideia sobre nossas origens. Ou então era isso que pensávamos, até os cientistas descobrirem vestígios de DNA de um novo tipo de antigo ancestral humano.
Ao estudar o chamado hominídeo de Denisova (Denisova hominins), uma espécie de hominídeo estreitamente relacionada com os neandertais, eles encontraram vestígios de uma espécie misteriosa que a ciência não foi capaz de identificar, até então. Sabemos quem os hominídeos de Denisova eram e de onde vieram, mas o mesmo não pode ser dito para as espécies desconhecidas de cerca de 30.000 anos atrás, que deixaram uma marca distinta no DNA dos hominídeos de Denisova. Basicamente, tudo o que sabemos é que eles forneceram a estes hominídeos, um conjunto estranho de dentes não encontrados em qualquer outro lugar no mundo.
1 – Reprodução sexual pode ser uma desvantagem
Com exceção de algumas espécies, quase todos os seres vivos se reproduzem sexualmente. Porém, não percebemos o quanto isso pode ser uma anomalia evolucionária. Metade inteira de uma espécie (os machos), é incapaz de produzir qualquer descendência enquanto ainda consome a mesma quantidade de recursos do meio ambiente. Por que tanto esforço para desenvolver um mecanismo que é uma clara desvantagem a longo prazo?
Uma das teorias mais aceitas é a de que o sexo ajuda a reduzir mutações prejudiciais, mas este não parece ser o caso. Quando os cientistas estudaram 700 genes de diversos organismos, eles viram que o número de mutações nocivas aumentava gritantemente 0,5% por geração. Isso não seria suficiente para justificar a reprodução sexual.
Fonte: ListVerse
Fotos: Reprodução / ListVerse