Garoto com leucemia morre após ser negligenciado 35 vezes por médicos!

de Bruno Rizzato 0

Criança morre após médicos não diagnosticarem sua leucemia em 35 oportunidades. Os pais de Ryan Bhogal levaram o garoto a diversos médicos de dois hospitais várias vezes. O menino, de quase 2 anos, apresentava sangramento nas gengivas, manchas negras na pele, erupções em seu corpo, um nódulo em sua cabeça e outros sintomas.

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Porém, durante os 10 meses em que ele foi levado aos médicos por seus pais, Kulvinder e Jaspal Bhogal, exames de sangue nunca foram realizados e os médicos não conseguiram perceber que o menino estava sofrendo de leucemia. Apenas dois dias antes de sua morte, em 11 de setembro do ano passado, o câncer mortal foi detectado, no Birmingham Children’s Hospital, em Wolverhampton, na Inglaterra.

A médica Indira Wariyar, que atendeu Ryan quatro vezes no Raynor Road Medical Centre, admitiu que tiveram “oportunidades perdidas” para ajudar a criança. Ela disse que houve falta de continuidade médica, pois Ryan visitou muitos médicos diferentes. Segundo ela, o câncer poderia ter sido detectado antes, caso exames de sangue também tivessem sido feitos no hospital New Cross, que ele havia visitado em agosto de 2015.

“Vê-lo deitado ligado a uma máquina era de partir o coração. Afastei-me da enfermaria, com lágrimas nos meus olhos. Ele era o meu mundo”, disse o pai, lutando contra as lágrimas, enquanto descrevia a última vez que viu seu filho.

O Dr. Prashant Hiwarkar, consultor hematologista pediátrico do Birmingham Children’s Hospital, disse no inquérito que se a leucemia tivesse sido diagnosticada precocemente, a chance de sobrevivência da criança teria sido de 40 a 60 por cento. “Se as gengivas do Ryan estivessem sangrando em 9 de agosto e permanecessem vermelhas e sangrando em 18 de agosto, este seria um sinal óbvio para mim. Eu teria solicitado um exame de sangue”, relatou ele.

Durante o inquérito, o legista Zafar Siddique disse que estava preocupado com a falta de acesso aos registros do garoto, no hospital New Cross, que deu um veredicto de “morte por causas naturais” ao menino. “Tenho preocupações sobre a falta de acesso aos registros médicos de pacientes. Certamente foi assim no caso de Ryan. Eu quero que melhorias sejam feitas neste hospital”, disse Siddique.

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Depois do inquérito, a tia de Ryan, Gurpal Bhogal, disse que a criança foi negligenciada pelo serviço de saúde. Em um comunicado, ela disse: “Os hospitais Raynor Road Medical Centre e New Cross falharam repetidas vezes com Ryan. Houve também uma falha nos registros médicos do New Cross, pois eles não estavam disponíveis. Um simples exame de sangue deveria ter sido realizado e houve muitas oportunidades perdidas para fazer isso. Mas isso nunca foi feito. Lições têm que ser aprendidas com isso. No entanto, gostaríamos de agradecer aos médicos e enfermeiras do Birmingham Children’s Hospital pelo cuidado que Ryan recebeu durante seus dois dias lá”.

A família pretende tomar medidas legais contra os hospitais e os médicos que negligenciaram o atendimento do garoto.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

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