Câmera desenvolvida durante a década de 1970 é adaptada para caçar vida alienígena no espaço

de Merelyn Cerqueira 0

A questão da existência de vida alienígena lá fora tem atormentado os seres humanos há muito tempo.

No entanto, uma recente descoberta poderia dar um passo muito grande em direção a uma resposta para isso. Astrofísicos norte-americanos utilizaram uma técnica de imagem, a partir de uma tecnologia criada em 1970, que poderia ajudar a encontrar planetas que foram “escondidos” e obscurecidos pela luz das estrelas.

Um dos maiores problemas que os pesquisadores encontram quando se trata de descobrir planetas semelhantes à Terra, e que possam abrigar vidas extraterrestres, é que esses planetas podem estar perto de uma estrela iluminada – como acontece com a Terra e o Sol.

Assim, tentar localizá-los no espaço utilizando telescópios regulares é quase impossível, pois eles são abafados pela luz de suas estrelas hospedeiras.

A descoberta foi feita através do uso de dispositivos de injeção de carga (CIDs) – câmeras que têm a capacidade de detectar a luz em um objeto que está dezenas de milhões de vezes menos iluminado do que outro, em uma mesma imagem, e que foram muito usadas na década de 1970.

Os CIDs são compostos por matrizes de pixels fotossensíveis e cada um deles funciona de modo independente, utilizando um sistema de indexação especial. Enquanto que os pixels mais brilhantes são localizados mais rapidamente, os menos iluminados são autorizados a transportar as luzes mais fracas.

Em suma, os CIDs são capazes de “olhar”, sem problemas de degradação, para uma imagem que tenha uma fonte muito brilhante ao lado de uma fonte mais fraca, o que não acontece com uma câmera normal.

CIS-camera

De acordo com Daniel Batcheldor, diretor de física no Instituto de Tecnologia da Flórida, essa tecnologia é muito complexa e cara, mas pode ajudar a conseguir imagens diretas de planetas semelhantes à Terra. “Se essa tecnologia for adicionada a futuras missões espaciais, pode nos ajudar a fazer algumas descobertas bem profundas sobre o Universo”, disse ele.

Tradicionalmente, os astrônomos têm centrado as buscas por novos planetas em zonas mais habitáveis (ou zona de Goldilocks) que são as faixas de espaço ao redor de um planeta, onde a radiação emitida permitiria a existência de água sobre ele, assim como acontece na Terra.

Sendo assim, o fato de que um objeto menos iluminado possa ser detectado com precisão por meio da nossa atmosfera, faz com que os cientistas consigam afirmar que em breve estaremos recebendo respostas sobre a possível existência de vidas em outros planetas.

De acordo com Batcheldor, esse CID poderá ser testado em breve em um telescópio localizado nas Ilhas Canárias. Além disso, o dispositivo ainda está programado para ser testado ainda este ano na Estação Espacial Internacional (ISS).

[ FonteDaily Mail / CIS ]

[ Foto: Reprodução / Pixabay ]

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