As fezes, apesar de nojentas, representam o resultado de nossa digestão e se diferenciam em muitos aspectos de pessoa para pessoa. 

Apenas após cerca de nove horas depois da ingestão, o alimento vai parar no intestino grosso como uma massa, permanecendo no local aproximadamente por três dias

Parte do líquido e dos sais minerais são absorvidos para que a massa vire algo sólido e seja transformada em fezes. Separamos 7 curiosidades sobre o seu cocô. Confira!

1 – A flutuação 

Muitas pessoas perguntam por qual motivo as fezes flutuam na água. Porém, isso nem sempre acontece, dependendo diretamente da quantidade de gordura ou ar no interior da massa, resultante dos alimentos consumidos.

Ao consumir feijão ou repolho, por exemplo, o volume de gás nas fezes aumenta, podendo facilitar a flutuação. Isso não é um problema, exceto quando há excesso de gordura, pois pode indicar problemas no pâncreas ou no fígado.

2 – A coloração

O que dá a cor marrom nas fezes é o pigmento estercobilina, que se forma na etapa final da digestão com a oxidação do estercobilinogênio (um líquido originário da vesícula biliar que auxilia na quebra da gordura e na absorção de nutrientes no intestino).

A produção de estercobilina varia conforme o tempo que as fezes demoram a sair, aumentando quando ela é segurada por mais tempo no interior do corpo.

3 – Fezes carregam DNA

É possível identificar o DNA de uma pessoa através de suas fezes, ajudando até mesmo a identificar bandidos e descobrir seu comportamento alimentar.

O trato digestivo também fornece pistas importantes para uma investigação policial, por exemplo, para saber se houve e ingestão de drogas ou outras substâncias.

4 – É comum encontrar milho

A evolução acabou diminuindo os dentes dos humanos, o que resultou em pouca digestão de alguns tipos de alimentos. O milho e o feijão são exemplos disso.

O milho é revestido por celulose, impossível de ser digerido por nosso aparelho digestivo, passando intacto pelo intestino. Portanto, o milho visto nas fezes não está completo, trata-se apenas de sua casquinha, já que o amido interior é digerível.

5 – Produzimos 4 toneladas 

Por dia, o ser humano pode produzir aproximadamente 150 gramas de fezes, sendo 54 quilos por ano, e mais ou menos quatro toneladas em toda a vida, levando em conta a média mundial.

O reto, que abriga as fezes, possui cerca de 15 centímetros de comprimento, e quando aproximadamente 30 gramas de fezes se acumulam no local, o esfíncter interno é aberto e a musculatura acaba liberando as fezes. É justamente nessa hora que o cérebro avisa que é para sair correndo para o banheiro!

6 – O cheiro vem das bactérias

O odor desagradável das fezes e das flatulências se deve à produção de compostos sulforosos feita por bactérias que tomam conta dos alimentos no intestino. Quando há doenças como pancreatite, fibrose cística e infecções intestinais, o cheiro tende a piorar, por conta de uma desordem da digestão.

7 – Fazer sentado é um grande erro!

A forma correta de liberar as fezes, seria agachado e com as pernas flexionadas, para proporcionar um relaxamento na musculatura puborretal – localizada no reto.

Isso é importante para evitar o acúmulo de restos de fezes no local e diminuir as chances do surgimento de doenças como apendicite e infecções no cólon.

Ao sentarmos no vaso sanitário, perdemos o controle sobre o reto e o músculo puborretal, precisando forçar mais para a saída das fezes.

A posição de cócoras ajuda a relaxar os músculos e é a mais indicada, por isso é comum, hoje em dia, ver pessoas colocando banquinhos para aumentar a elevação das pernas enquanto estão sentadas fazendo suas necessidades.

Foto: Divulgação

Jornal Ciência