As fezes já foram usadas no tratamento de algumas doenças e salvaram milhares de vidas

de Julia Moretto 0

Os seres humanos têm utilizado excrementos em remédios de saúde desde os tempos antigos e acredite: estamos usamos até hoje.

Com os avanços da Medicina, particularmente ao longo dos últimos cem anos, as fezes passaram a ser uma forma de cura para algumas doenças. A História apresenta uma lista de excrementos humanos e animais como um dos principais remédios usados pelos egípcios para tratar doenças e lesões.

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O esterco foi usado por suas propriedades curativas e sua capacidade de afastar os maus espíritos. Apesar desses “remédios” terem provocado o tétano e outras infecções, eles não eram totalmente ineficazes. De acordo com algumas pesquisas, a microflora encontrada em alguns tipos de estrume animal contém substâncias antibióticas. Os antigos egípcios, por exemplo, usavam esterco de crocodilo como uma forma de contracepção.

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De acordo com o The Guardian, antigamente, hemorragias nasais poderiam ter sido tratadas com esterco de porco quente. E em 1600, na Irlanda, o “pai da química”, Robert Boyle, tratava a catarata com cocô humano em pó. Há relatos de que as fezes eram também utilizadas para tratar a epilepsia.

Nos últimos anos, as fezes não têm sido utilizadas para tratamentos como antigamente. Porém, há alguns procedimentos em que as fezes de um doador são colocadas em um paciente como uma maneira de adicionar as bactérias ao intestino para que combatam uma infecção.

Conhecida formalmente como Transplante de Microbiota Fecal (TF), essa forma de tratamento era usada por nossos antepassados. De acordo com a Fundação Fecal Transplantes, o procedimento era conhecido na China, no século 4, como “sopa amarela”. Em algumas partes do mundo, os especialistas dão as fezes da mãe ao bebê, para ajudar o sistema imunológico da criança e seu cólon.

Para o transplante fecal ocorrer, é preciso inserir as fezes de um doador em um paciente. Essa técnica não é muito utilizada nos Estados Unidos e segundo pesquisas, estima-se que menos de 500 americanos tenham recebido o tratamento ao longo dos anos.

[ FonteMedical Daily ]

[ Fotos: Reprodução / Medical Daily ]

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