Pílula da “juventude” poderá ser testada em seres humanos em até dois anos

de Merelyn Cerqueira 0

Uma pílula com os poderes rejuvenescedores, que visa reverter o envelhecimento do cérebro através de uma mistura de 30 vitaminas e minerais poderá ser testada em seres humanos dentro de dois anos.

Em testes preliminares ela mostrou ser capaz de abolir a perda de células cerebrais e ainda inverteu danos. De acordo com os pesquisadores, espera-se que ela seja usada futuramente no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson.

A pílula da “juventude” é baseada em uma mistura de ingredientes comuns, como vitaminas B, C e D, ácido fólico, extrato de chá verde e óleo de fígado de bacalhau – todos amplamente encontrados em lojas de alimentos naturais – e será tomada como um suplemento dietético.

Uma série de estudos publicados na última década e meia têm mostrado o seu benefício em camundongos. Em um mais recente, os ratos tiveram perda generalizada de mais da metade de suas células cerebrais, afetando severamente várias regiões do cérebro, o equivalente a um caso grave de Alzheimer, se considerado nos humanos. No entanto, depois de serem alimentados com o suplemento, disposto em pequenos pedaços de cenoura, diariamente ao longo de vários meses, a melhora foi notável. Nesse período, a pílula foi capaz de eliminar completamente a perda de células cerebrais, abolir o declínio cognitivo, impulsionou uma melhora na visão, equilíbrio, atividade motora e olfato.

Nossa esperança é que este suplemento possa compensar algumas doenças muito graves e, finalmente, melhorar a qualidade de vida”, disse a professora Jennifer Lemon, da Universidade McMaster, no Canadá e principal autora do estudo. “Sabemos disso porque os ratos experimentam os mesmos mecanismos celulares básicos que contribuem para a neuro-degeneração dos seres humanos. No momento em que atingem 22 meses de idade, o equivalente a 70 ou 80 em anos humanos, eles experimentam um declínio de 50% no movimento, tornando-se corcundas, com artrite e mais magros”.

O próximo passo é testar o suplemento em seres humanos, para verificar a existência de efeitos secundários. É provável que isso aconteça dentro dos próximos dois anos, e o coquetel será primeiramente oferecido àqueles que já sofrem de doenças neuro-degenerativas. O estudo em questão, foi publicado online na revista Environmental and Molecular Mutagenesis.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]

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