Você já deve ter notado a existência de uma curta e ligeira curva disposta nas extremidades das asas dos aviões. Mas, afinal, para que elas servem? Será que todas as aeronaves as possuem?
Chamados de winglets, são considerados componentes aerodinâmicos, estrategicamente posicionados nas extremidades das asas. Basicamente, a função deles é diminuir o arrasto induzido (resultado da pressão entre a região superior e inferior das asas que criam correntes de ar opostas) no vórtice das asas.
Podem ser encontrados na forma de uma aba em posição vertical ou ligeiramente inclinada para fora.
Um vórtice, de acordo com a enciclopédia online da Anac (Agência de Aviação Civil), é um “padrão circular de ar criado pelo movimento de um aerofólio ou asa através do ar, quando gerando sustentação”.
“Os turbilhonamentos gerados por aeronaves médias ou pesadas podem ser de alta velocidade e intensidade, constituindo grave perigo para aeronaves de pequeno porte, principalmente nos setores de aproximação”.
Em outras palavras, um vórtice é um movimento forte e giratório causado por pressões opostas de forças, formando um padrão circular ou espiral. Podem ser observados em furações, correntes de água e asas de avião, por exemplo.
Eles são considerados uma preocupação para aviação porque afetam a velocidade, alcance, desempenho e quilometragem de combustível. Se uma aeronave passa pela região onde um vórtice é criado, perde estabilidade, podendo resultar em situações de emergência.
Ainda, devido a esse fenômeno, os aviões acabam consumindo mais combustível, consequentemente emitindo mais dióxido de carbono no ar, barulhos e trepidações
Eles são formados conforme a aeronave se movimenta no ar e o fluxo de vento é dividido pelas asas. Logo, e devido à posição angular destas, uma maior pressão é experimentada pela parte inferior, enquanto que uma menor no topo delas.
O resultado disso são diferenças de pressão, que permitem ao avião se elevar. Então, conforme o ar segue fluindo de baixo para cima por toda a extremidade das asas, na região das pontas são formados mini redemoinhos, ou vórtices.
Como são considerados problemáticos, pesquisadores e engenheiros aeronáuticos começaram a pensar em uma solução para impedir ou reduzir o aparecimento desses vórtices.
Uma das ideias propostas era criar modelos de aviões com asas mais longas, capazes de separar completamente o fluxo de ar de alta e baixa pressão das asas, o que foi considerado inviável.
A segunda ideia, por outro lado, ela introduzir na extremidade das asas um componente estrutural capaz de separar as duas regiões de diferentes pressões, atenuando a presença dos vórtices.
Uma vez colocados para funcionar, os winglets promoveram melhorias no campo da aviação, pois ajudaram a economizar combustível, reduzir emissões de gases poluentes no ar e ainda aumentaram a velocidade do avião.
Atualmente, quase todas as aeronaves de grande porte são produzidas com os winglets.
Fonte: Witty Feed / The Sun / ANAC / Wikipédia Fotos: Reprodução / Witty Feed