A mãe, chamada Kasigo Kgatla, está traumatizada. Grávida de apenas 6 meses, precisou passar por um parto extremamente malsucedido no Tambo Memorial Hospital, na África do Sul.
Seu bebê, durante o parto, foi decapitado e o corpo foi deixado dentro de seu útero e canal vaginal por mais de 24 horas. O caso chocou a imprensa da África do Sul.
A adolescente pensa em processar o hospital por negligência médica depois de todos os traumas que sofreu durante o parto, além do péssimo atendimento que teria sofrido de toda a equipe. “Um médico veio e disse que eu deveria empurrar. Eu empurrei e empurrei, fiz força e nada aconteceu”, disse ela.
“Ele então inseriu as mãos e disse para eu tentar novamente, mas ainda não havia sinal do bebê, foi quando ele pegou um fórceps para agarrar a cabeça. Então, saiu a cabeça do meu bebê, mas apenas a cabeça”, relatou a mãe.
Após isso, o corpo permaneceu dentro da adolescente por mais de 24 horas, o que aumentou seu trauma e angústia. Segundo os médicos, Kasigo havia sido informada durante a gravidez que seu bebê sofria de alguma anormalidade, mas ela insistiu em ir adiante com a gravidez – o que é seu direito como mãe.
Os médicos e diretores do hospital, em uma tentativa de minimizar o problema, disseram que o bebê tinha “poucas chances de sobreviver após o parto”, mas não disseram que tipo de anomalia genética o bebê possuía e não explicaram o motivo de deixarem a paciente sem assistência com o corpo do bebê dentro dela por mais de um dia.
Em declaração à imprensa, de acordo com o jornal britânico Mirror, o Dr. Gilbert Anyetei, chefe de obstetrícia do hospital, disse: “Normalmente, quando a cabeça não está coroando, chamados isso de entrega assistida. Neste caso em particular, a cabeça não surgiu sozinha, e nós tentamos ver se o resto do corpo iria surgir, mas não surgiu”.
Mesmo com as explicações, o departamento de saúde de Gauteng – província próxima da capital da África do Sul – iniciou uma investigação para entender o que teria dado de errado durante o procedimento cirúrgico.
Outros casos relatados
Em março de 2014, uma escocesa sofreu um parto malsucedido onde a cabeça do bebê ficou presa dentro de seu útero após o médico insistir em um parto normal, mesmo com o bebê virado em posição oposta.
O conselho médico do país condenou a ginecologista Dra. Vaishnavy Laxman por erro médico ao tentar um parto normal, quando na verdade deveria ser uma cesariana, mas o conselho à época decidiu que era apenas um único erro, sob condições estressantes e difíceis, e ela conseguiu voltar a clinicar.