Guardas florestais no resort Sibuya Game Reserve, em Kenton-on-Sea, África do Sul, recuperaram os restos desmembrados de corpos humanos dentro de um acampamento de leões.
Nas proximidades foram encontrados um rifle de assalto, cortadores de arame e um grande machado, o que levantou suspeitas de que o homem estivesse caçando rinocerontes na região, segundo informações da IFLScience.
A província do Cabo Oriental tem sido considerada um ponto crítico de caça furtiva de rinocerontes nos últimos anos, devido ao mercado abundante para os chifres, que contêm queratina. Neste ano, cerca de nove animais foram mortos na região.
Acredita-se que três homens tenham entrado ilegalmente na propriedade, até que foram surpreendidos pelos leões. Segundo o Daily Mail, além das armas foram encontrados três pares de sapato, grandes quantidades de sangue, uma cabeça e diversas partes de corpos.
Nick Fox, proprietário da reserva, revelou que os homens estavam prontos para acampar por dias no local.
“Encontramos armas pesadas e comida suficiente para dias, então suspeitamos que eles estavam mesmo atrás dos nossos rinocerontes”, disse. “Mas os leões são nossos vigilantes e guardiões, eles encontraram o grupo errado e acabaram virando refeição”.
“Ficamos tristes pela perda de qualquer vida, mas isso envia uma mensagem clara aos caçadores de que eles nem sempre sairão vencedores”, acrescentou.
Relatórios da National Geographic apontam que um total de 1.028 espécimes foram explorados na África do Sul em 2017, uma nação que abriga cerca de 80% dos 29.000 rinocerontes remanescentes do mundo.
As cinco espécies existentes – duas das quais nativas do continente africano e outras três encontradas na Índia e sudeste da Ásia – já foram classificadas como ameaçadas ou criticamente ameaçadas de extinção.
Subespécies como o rinoceronte branco, por outro lado, estão consideradas funcionalmente extintas, uma vez que atualmente apenas duas fêmeas existem no mundo.
Felizmente, um recente avanço de um grupo de biólogos reprodutivos deu esperanças de reviver a espécie através de uma abordagem combinada de células e fertilização in vitro, que poderia salvar os animais do desaparecimento.
Fonte: Daily Mail / IFL Science Fotos: Reprodução / Twitter