Quando tinha apenas três meses de vida, Amanda Scarpinati sofreu queimaduras muito graves caudas por um acidente doméstico em 1977.
Na ocasião, ela foi tratada por uma enfermeira chamada Sue Berger, que trabalhava no Albany Hospital, em Nova York, nos Estados Unidos. Ao longo de sua vida, Amanda sempre quis encontrar Sue, de quem só tinha recordações através de fotos.
No entanto, e apesar de todas as tentativas, nunca conseguiu, até que sua sorte mudou em 2015, quando completou 38 anos.
Enquanto crescia, Amanda precisou passar por uma série de cirurgias plásticas. No entanto, suas cicatrizes sempre chamaram atenção das pessoas, que a intimidavam, especialmente na época da escola, quando sofreu muito assédio moral.
Então, em um determinado dia, começou a olhar as fotografias de sua infância, até que encontrou uma em que estava no colo da enfermeira que havia lhe salvado a vida.
“Lembro-me com tristeza da menina que foi psicologicamente assediada por seus companheiros por causa de sua aparência disforme”, narrou a Scarpinati a um repórter.
“Quando vi as fotos da enfermeira, queria sair e procurá-la, mesmo sem saber quem era. Eu sentia carinho apenas observando a maneira como ela me segurava em seus braços e a doçura que inexplicavelmente refletia”.
Desde então, Amanda tentou de todas as formas encontrar Sue. Ela passou anos pesquisando, até que, em 2015, decidiu publicar a foto nas redes sociais com a seguinte legenda: “Esta mulher tem estado comigo nos momentos mais difíceis da minha vida e nem ao menos sei o seu nome. Gostaria de lhe agradecer por tudo que você fez para mim, além de dizer que eu nunca deixei de pensar sobre isso. Eu ficaria muito feliz se vocês me ajudassem a compartilhar essa imagem. Seria muito útil encontrá-la. Talvez minha mensagem pudesse alcançá-la se vocês compartilhassem”.
Então, em questão de horas, a publicação se tornou viral e a mensagem chegou a uma enfermeira que trabalhou no hospital e reconheceu a mulher como Susan Berger, que na época tinha 21 anos e tinha acabado de se formar na faculdade. Segundo ela, Susan sempre falava sobre Amanda.
Assim, 38 depois do primeiro encontro. Amanda e Susan se reuniram. “Não consegui acreditar. A emoção que senti quando a vi foi como se estivesse abraçando minha mãe”, disse Amanda à NBC.
Susan, por outro lado, disse que quando olhou para a mulher que Amanda havia se tornado, ficou chocada e sem acreditar no impacto que sua atitude teve sobre um bebê que cuidou com tanto amor e esperança.
Disse ainda que era impossível acreditar na conexão que tinham, uma vez que também nunca havia lhe esquecido. À época do reencontro, Susan já não estava mais atuando como enfermeira, mas sim como vice-presidente executiva da Cazenovia College, em Nova York.
Segundo ela, apesar das inúmeras pessoas que cuidou durante o ofício, nunca se esqueceu da pequena Amanda, que tocou seu coração desde o primeiro momento esteve seus braços.
Fonte: Porque no se me ocurrio Fotos: Reprodução / Porque no se me ocurrio