Descobrir os efeitos a longo prazo dos vários produtos químicos que as pessoas usam no rosto, principalmente as mulheres, segundo a Science Alert, é muito mais complicado agora, do que há milhares de anos atrás, quando a maquiagem começou a ser usada.

 

Voltando à era dos antigos egípcios, que aplicavam maquiagens à base de sulfureto de chumbo no rosto, os riscos eram óbvios (para nós, pelo menos). A substância é uma neurotoxina potente que pode levar a dificuldades de aprendizagem e de comportamento em crianças, além de ser capaz de diminuir a fertilidade em homens e mulheres. Em um vídeo divulgado pela AsapSCIENCE, especialistas explicam que, no início de 1800, as mulheres eram encorajadas a usar produtos contendo compostos radioativos, como o rádio, por exemplo. Elas eram convencidas de que a pele ganharia uma aparência de “brilho radiante”.

 

Obviamente que as toxinas conhecidas nas maquiagens de hoje são muito mais seguras. Porém, conforme relatado pelo Science Alert, apesar de mais seguras, elas ainda não estão livres de vestígios de chumbo em sua composição. Ele pode ser encontrado em pequenas quantidades na natureza, portanto, acaba sempre contaminando outros elementos da maquiagem.

 

Estudos têm demonstrado que estes vestígios podem variar de 0,026 partes por milhão (ppm) para 7,19 ppm, mas ambos os números estão sob os limites de saúde recomendados. Curiosamente, os batons são constituídos por cerca de 47% de óleos, sendo o mais comum o de rícino. Conforme salientado pelo AsapSCIENCE, o grão, usado para o óleo de rícino, também produz ricina– uma das toxinas naturais mais potentes na Terra. Felizmente, é necessário destruir a toxina do feijão para obter o óleo de rícino.

 

Outros produtos, que levam pigmentos azuis na composição, são feitos de uma substância química chamada de ferrocianeto de potássio – derivado do cianeto,um composto utilizado como arma química por ser extremamente tóxico. Contudo, quando encontrado na maquiagem, esse ferrocianeto de potássio tem uma forte ligação com o ferro, o que impede o envenenamento.

 

Apesar da composição de muitas maquiagens não apresentar nenhum problema, todas elas possuem um tempo de vida. Assim, quando expiradas, devem ser descartadas, a fim de evitar infecções causadas por bactérias. No caso do rímel, por exemplo, de acordo com estudos recentes, três meses de uso são suficientes.

[ Science Alert ] [ Fotos: Reprodução / Science Alert ] 

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