Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e publicados pelo site oficial do Dr. Drauzio Varella, cerca de mil amputações penianas ocorrem em todo o Brasil.
Segundo o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi, apesar do câncer de pênis ser raro no país – representando cerca de 2% entre todos os outros tipos – em algumas regiões do Norte e Nordeste eles são bem mais comuns do que o de próstata. Isso ocorre devido as baixas condições socioeconômicas, má higiene íntima e medo dos homens de procurar ajudar médica.
Em relação ao câncer de próstata, 30% dos pacientes da rede pública, atendidos pelo SUS, são diagnosticados quando o problema já está avançado. Isso ocorre devido ao medo e ao “arquétipo de herói” construído pelos homens em relação a ajuda médica. Contudo, se diagnosticados cedo, 95% desses casos seriam passíveis de cura.
Só no Maranhão, segundo Nardi, um caso novo surge a cada 16 dias, sendo mais comum em homens com mais de 40 anos idade, de baixa renda, que não realizaram circuncisão e não realizam a higiene íntima com frequência e de modo correto.
Assim, as complicações surgem quando há o aparecimento de feridas e crescimento de células cancerosas que começam a se reproduzir.
“O câncer de pênis é um dos poucos que é possível prevenir. Basta lavar o pênis com água e sabão, puxando o prepúcio – a pele que encobre a glande – principalmente após relações sexuais ou masturbação, usar preservativo nas relações sexuais e fazer a cirurgia em caso de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade”, disse Nardi em entrevista à Tribuna do Ceará.
Além disso, é importante lembrar que os testículos também devem ser limpos. Para isso, basta passar o sabão pela região até o ânus, o que eliminará qualquer possibilidade de incômodos causados pelo mau cheiro.
Fonte: Diário de Biologia / Dr. Dráuzio Varella / Tribuna do Ceará Foto de Capa: Reprodução / Pixabay