Estamos alimentando filhotes de cães de forma errada por falta de higiene, diz estudo

de Redação Jornal Ciência 0

Cachorros são a preferência mundial quando o assunto é animal de estimação. Humanos parecem ter uma atração irresistível por eles. Quando são filhotes, a atração humana só aumenta por essas fofuras, e fazemos tudo para agradá-los, especialmente com guloseimas.

Mas, de acordo com um novo estudo publicado na revista PLOS ONE, quase ninguém sabe como alimentar os filhotes adequadamente, sem colocá-los em risco de contaminação.

“A grande maioria dos donos de cães da pesquisa não estava ciente e não seguia as diretrizes de manuseio e armazenamento de alimentos para animais de estimação, de acordo com o FDA”, disseram os autores do estudo. O FDA é o órgão norte-americano com o mesmo papel que a ANVISA aqui no Brasil.

“A exposição a alimentos contaminados para cães pode ter implicações para a saúde canina e humana. Esses riscos podem ser amplificados em domicílios com crianças e/ou indivíduos com baixa imunidade”, disseram os cientistas.

Apenas 5% dos 417 donos de cães pesquisados sabiam que existem normas e recomendações de higiene dos órgãos sanitários sobre a alimentação canina. O que mostra também falta de leitura sobre as recomendações nas embalagens dos próprios fabricantes.

Apenas 1 a cada 5 pessoas disse lavar as mãos com água e sabão antes de alimentar o filhote. O mesmo número relatou não lavar as mãos após manusear a comida.  

Apenas 1 pessoa a cada 10 sabia que é necessário lavar, todos os dias, a tigela e a colher usada para manipular o alimento. Ao que tudo indica, os donos acreditam que, por serem cães, não há necessidade de uma higiene mais atenciosa.

Os pesquisadores mostraram que os donos minimizam a contaminação bacteriana que pode ocorrer na hora da alimentação.

A saúde dos filhotes pode ser diretamente impactada pelos hábitos de higiene, já que 80% dos donos não lavavam diariamente as tigelas com a ração seca ou úmida.

Os cientistas ressaltaram que os donos devem seguir as normas de armazenamento de ração descrita na embalagem de cada fabricante, pois isso evita risco de contaminação por bactérias, degradação de nutrientes e perda do sabor atraente (palatabilidade) que faz os filhotes comerem “sem vontade”.

Fonte(s): IFLScience Imagens: Reprodução / Jus_Ol / Shutterstock.com

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