Donos que fumam maconha próximos de seus cães estão deixando os animais gravemente intoxicados!

de Julia Moretto 0

De acordo com um no estudo publicado no jornal científico “Drugs Testing and analysis”, ser fumante passivo de cannabis traz os mesmos efeitos de que fumá-la diretamente.

O estudo foi realizado com seres humanos e apresentou que uma pessoa de 60-70kg pode sofrer os mesmos efeitos de um afetado “por tabela” pela droga.  

O estudo identificou o THC, principal componente da maconha, em pessoas que ficavam próximas aos usuários da droga. Esses fumantes passivos se sentiram mais alegres, mais cansados e menos conscientes. Eles também sentiram sensação de intoxicação e perda do desempenho cognitivo.

Sabendo que em média, um cão pesa de 6 a 10 kg, um grupo de veterinários de Nova Iorque decidiu estudar os efeitos da maconha nos cachorros.  

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A pesquisa foi publicada na Research Communications in Chemical Pathology and Pharmacology e mostrou que a inalação crônica de maconha desenvolve bronquiolite com a infiltração de macrófagos na parede das passagens aéreas terminais dos cachorros.

Quando a fumaça que contém THC é inalada, afeta a mucosa respiratória e passa rapidamente ao cérebro do animal.

Os sintomas sofridos são letargia, andar errático e bamboleante, gotejamento de urina e saliva, além de reações exageradas a luz e som. 

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Normalmente os donos não percebem esses sintomas, já que o cão procura um canto para esperar que o efeito passe. A duração pode ser de 30 minutos a 2 dias.

O contato periódico dos cães com a fumaça pode ser fatal ao animal. O grau de intoxicação do animal depende da quantidade que ele ingerir, e os sintomas podem ser neurológicos e gastrointestinais.

O contato da droga com a mucosa gastrointestinal pode causar irritação, resultando em vômitos.

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Depois da ingestão, ocorre rapidamente a absorção das toxinas pelo trato gastrointestinal, podendo ser eliminada através das fezes (45%), urina (16,5%) e bile (55%).

Os sinais clínicos podem incluir depressão, desorientação, ataxia e coma. Os donos podem observar vômitos, diarreia, bradicardia ou taquicardia. Também é possível que aconteça o aumento ou diminuição da temperatura corpórea.

Fonte: Diario de Biologia Fotos: Reprodução /  Diario de Biologia / NYT

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