Tudo que você acessa na internet pode estar sendo monitorado! Saiba mais!

de Redação Jornal Ciência 0

Uma coleta imensa de dados navegacionais na internet foi feita por pesquisadores da Universidade de Chicago para uma análise da associação do comportamento humano, como o tempo em que as pessoas passam dormindo em média e o crescimento econômico do país.

 

Quando Klaus Ackermann e sua equipe monitoravam um estudo com os dados dos dispositivos conectados à internet entre 2006 e 2013, foi possível verificar como a nossa sociedade está mudando o seu comportamento com a tecnologia. Foi a partir de duas fontes de informações que os dados foram coletados:

 

1 – Uma verificação periódica para conferir se cada IP estava conectado a um dispositivo ou não;

2 – Um banco de dados de geolocalização de IPs.

 

Com a combinação das duas formas foi possível a extração de informações sobre o uso da internet em 22 países em média a cada 15 minutos (o Brasil está incluso na pesquisa). O estudo revelou algumas coisas que todos nós já imaginávamos, mas que só se tornam “reais” quando podemos comprovar com dados. O crescimento da internet começa lento e depois aumenta rapidamente, em seguida se estabiliza quando quase todos ganham acesso, o curioso é que esse dado é comum em todos os países analisados. É especulado que em 16 anos a internet ficará saturada em qualquer país!

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Como os pesquisadores construíram o conjunto de dados utilizando a localização dos IPs e atividades.

A “invasão” do acesso acaba tendo vários impactos econômicos, visto que é diferente para cada setor. Podemos dizer que os setores sensíveis à competição digital tais como, jornalismo, publicações, produção de filmes, suporte administrativo e educação, podem estar sofrendo com a chegada da internet. Enquanto as áreas de prestação de serviço, atacado e varejo acabam crescendo. Saber como a tecnologia irá alterar os nossos costumes e a nossa vida em geral é o objetivo desse estudo.

 

A mudança do status de um dispositivo de on-line para off-line é o horário de sono, assumem os pesquisadores. Por mais que os cientistas saibam que essas medições não são exatas, eles dizem que podem ser compensadas nos “adiantamentos e atrasos”. As 600 cidades do mundo analisadas tiveram seus dados comparados com os da American Time Use Survey, uma pesquisa dos EUA que mede quanto tempo as pessoas passam exercendo cada atividade, que acabou rendendo quanto tempo em média as pessoas passam dormindo com dados de 645 cidades durante 7 anos.

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Estimativa global da duração do sono, a partir da atividade na internet.

Em geral, as maiores cidades dormem mais, comparadas com as cidades satélites ao redor”, disseram os estudiosos. Eles dizem que os padrões estão mudando, provavelmente pelo uso da tecnologia. “Embora a América do Norte tenha permanecido praticamente sem alterações ao longo do tempo do estudo, a duração do sono na Europa diminuiu, e no Leste Asiático aumentou”.

 

Informações presentes nos metadados de celulares, as atividades de aplicativos e imagens tiradas de satélite noturnos costumam ser o início desses estudos. Segundo os pesquisadores, o método utilizado é complementar e rende descobertas mais profundas. “Ele [o estudo] fornece um primeiro olhar sobre o potencial do monitoramento de atividade global na internet para mudar profundamente a forma como conduzimos a investigação sobre esses temas”.

[ Gizmodo ] [ Fotos: Reprodução / Gizmodo ]

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