Por que as cervejas formam espuma?

de Julia Moretto 0

Beber uma cerveja gelada no almoço de sábado ou no happy hour com os colegas se tornou um costume brasileiro. Porém, cada um prefere sua bebida de um jeito: uns curtem com mais espuma, outros com menos. Porém, pelo menos um pouco de espuma sempre vai aparecer e permanecer no copo por um tempo. Mas, você sabe o porquê?

Ela aparece devido à combinação de proteínas especiais e gás dissolvido. O gás da cerveja é o dióxido de carbono, porém algumas cervejas com bastante espuma, como a Guinness, possuem nitrogênio.

O refrigerante também é outro exemplo de bebida que forma espuma. Devido ao gás dissolvido, ele pode criar espuma da mesma forma ou mesma direção. Isso acontece porque nele falta um ingrediente especial: a cerveja possui proteínas chamadas albuminas que criam ligações complexas com os compostos amargos feitos para fabricá-la. 

Outro componente responsável é o ponto de carbonatação. O que ocorre algumas vezes, é que dentro dos copos de cerveja, há um padrão especial de condicionamento que estimula o gás a formas bolhas, conhecido como “sítio de nucleação”. O champanhe e o refrigerante criam bolhas, porém elas não duram sem as proteínas especiais.

Outro fator espumante da cerveja é o nível de pH. Cientistas procuram o nível ideal para a formação de bolhas. Nesses casos, o nível de álcool também é fundamental. A espuma não se mantém se ele for muito alto (uma cerveja belga, por exemplo, tem de 9 a 12% de álcool) ou muito baixo (como a Bud Light que possui cerca de 3,2%).

Portanto, cinco fatores são levados em consideração para o surgimento da espuma: gás, álcool, pH, proteínas e compostos amargos. Que tal experimentar uma cerveja com bastante espuma? Segundo os especialistas é só escolher uma alemã feita de malte: quanto maior o teor de lúpulo, mais compostos amargos se ligam às proteínas e, consequentemente, surge uma camada de espuma mais grossa.

[ Live Science ] [ Fotos: Reprodução / ZME Science ]

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