Pessoas estão usando sangue “jovem” para prevenir envelhecimento e EUA faz alerta sobre a prática

de Merelyn Cerqueira 0

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora federal dos EUA, – órgão com a mesma função da ANVISA aqui no Brasil –, está alertando pacientes sobre os riscos envolvendo tratamentos controversos com sangue para prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento.

De acordo com o The Washington Post o tratamento consiste em infusões de plasma retiradas de pessoas jovens e saudáveis e comercializadas para prevenir doenças como Parkinson, Alzheimer, Esclerose Múltipla e Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

“Não há benefício clínico comprovado da infusão de plasma de doadores jovens para curar, atenuar, tratar ou prevenir essas condições, e há riscos associados ao uso de qualquer produto de plasma”, disse Scott Gottlieb, agente da FDA, e Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da agência.

“Simplificando, estamos preocupados com o fato de que alguns pacientes estão sendo atacados por pessoas inescrupulosos que promovem tratamentos de plasma de doadores jovens como cura e remédio”.

O plasma é a parte líquida do sangue, que contém as proteínas necessárias para promover a coagulação. 

É utilizado para substituir os baixos níveis de proteínas no sangue em uma série de situações médicas, como por exemplo, em pacientes com doenças hepáticas, que são incapazes de produzir as proteínas necessárias para coagulação.

O tratamento antienvelhecimento tem sido oferecido em uma série de clínicas nos EUA sob a promessa de que a origem jovem e saudável do sangue pode funcionar como uma terapia rejuvenescedora.

Plasma sanguíneo. Foto: Reprodução / CTVNews

Embora o FDA não tenha alertado contra clínicas específicas, afirmou que considerará tomar medidas de fiscalização contra as empresas que abusam da confiança dos pacientes e colocam em risco sua saúde com condições descontroladas de manufatura ou promovendo supostos tratamentos que não foram comprovados”.

A agência também afirmou que as infusões de plasma podem aumentar o risco de infecções ou problemas alérgicos, respiratórios e cardiovasculares e, portanto, devem ser usadas apenas quando os benefícios são comprovados, ou como parte de ensaios clínicos sob “supervisão regulatória apropriada”.

Ainda existe rumores que pessoas estão em busca de “plasma jovem” para rejuvenescer a pele, evitando os sinais do tempo, como rugas.

Fonte: Science Alert / The Washington Post Fotos: Reprodução / Linkedin

Jornal Ciência