Eles chegam a custar cerca de uma fração do preço dos originais, o que até pode soar como um bom negócio, contudo, óculos de Sol mais baratos podem fazer muito mal à saúde ocular.
Isso se dá pelo fato de que são comercializados sem receita médica e nenhuma garantia de qualidade. E apesar de, aparentemente, melhorar o campo de visão, eventualmente eles poderão causar o desenvolvimento de melanomas oculares, inflamação da córnea e degeneração da mácula – região mais sensível da retina – que pode levar à catarata.
Quando uma pessoa usa óculos de Sol, a pupila naturalmente se dilata, pois, o organismo entende que o ambiente está escuro. Contudo, se esses óculos não tiverem a proteção ideal contra os raios UVA e UVB, poderão causar a degeneração da mácula, o que resultará em catarata ou até mesmo no desenvolvimento de melanoma ocular, um tipo raro de câncer.
Já de acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, usar óculos “piratas” sem esse tipo de proteção contra raios solares, pode ser pior do que não usar nada. Além disso, ainda há o risco do surgimento de fotoceratite – uma inflamação da córnea que ocorre após seis horas ininterruptas de exposição ao Sol, cujo os sintomas incluem vermelhidão nos olhos, ressecamento e sensação de “areia” ou de “partículas fantasmas que incomodam os olhos”.
Portanto, e segundo Ernesto Ferrer, ex-presidente e assessor do Comitê Executivo do Conselho Argentino de Oftalmologia, em entrevista à BBC, o ideal é que as pessoas se exponham o mínimo possível ao Sol, fiquem atentas aos índices de UV divulgados e façam uso do protetor solar.
Dessa forma, os óculos de Sol, e até mesmo os de grau, devem ser comprados em óticas que possam oferecer produtos com a proteção ideal de raios UV. Além disso, ele afirmou que é fundamental que você exija as garantias necessárias e lentes de qualidade.
[ Diário de Biologia / BBC ] [ Foto: Reprodução / Diário de Biologia ]