Nova espécie de tarântula azul-elétrico é descoberta na Tailândia; cor raríssima lembra faíscas. Veja vídeo!

Sua cor única de “eletricidade” não é provocada por nenhum pigmento azul, mas por nanoestruturas fotônicas biológicas de seus pelos, o que a torna ainda mais especial

de Redação Jornal Ciência 0

Um grupo de cientistas tailandeses encontrou uma aranha incrível, de tons impressionantes, durante uma viagem à província de Phang-Nga, no sul do país.

Ela foi classificada pelos cientistas que participaram da pesquisa como “hipnotizante” por possuir um tom de azul-elétrico, algo que lembra faíscas de eletricidade. Os cientistas visitaram a província de Phang-Nga para investigar a variedade de espécies de animais na região.

“(Encontramos) uma nova espécie de tarântula que exibe uma tonalidade azul-violeta hipnotizante, que lembra faíscas azuis elétricas”, disse Narin Chomphuphuang, pesquisador do Departamento de Entomologia e Fitopatologia da Universidade Khon Kaen, em entrevista à CNN Internacional.

O estudo detalhado foi publicado na revista científica ZooKeys, onde os cientistas incluíram no trabalho como coautor o Youtuber, JoCho Sippawat, que foi um dos responsáveis por encontrar e registrar a aranha pela primeira vez.

O tipo de aranha, até então desconhecida pela ciência, era chamada anteriormente de Taksinus bambus — por habitar os caules ocos de plantas de bambu.

A equipe fez um leilão para batizar o novo nome e arrecadar fundos para ajudar os indígenas Lahu, do norte da Tailândia. Agora, a espécie foi oficialmente registrada como Chilobrachys natanicharum.

Os cientistas explicaram que este tom de azul não é uma coloração, mas sim resultado da combinação de nanoestruturas fotônicas biológicas, em vez de pigmentos, tornando-a ainda mais especial.

Isso significa que a coloração azul-elétrico não é causada pela presença de pigmento azul, mas sim pela estrutura raríssima de seus pelos, que possuem nanoestruturas que manipulam a luz para criar uma impressionante aparência azul, conforme explicou o cientista Chomphuphuang.

A falta de azul na natureza pode ser explicada pelas dificuldades na absorção e reflexão de comprimentos de onda específicos de luz. “Para parecer azul, um objeto precisa absorver quantidades muito pequenas de energia enquanto reflete luz azul de alta energia, o que é um desafio”, disse ele à CNN.

A nova tarântula está escondida em árvores e é difícil de ser encontrada, mas infelizmente já está sendo anunciada no mercado comercial de tarântulas on-line.

De maneira geral, as tarântulas podem habitar ambientes terrestres ou arbóreos, mas a Chilobrachys natanicharum é capaz de se adaptar a ambos os ambientes, de acordo com os pesquisadores, demonstrando sua adaptabilidade.

No entanto, com o declínio das florestas de mangue — em grande parte causado pelo desmatamento — Chomphuphuang diz que a tarântula azul elétrica é também uma das tarântulas mais raras do mundo. Confira vídeo abaixo. 

Fonte(s): CNN EUA / National Geographic Imagem de Capa: Reprodução / Yuranan Nanthaisong via National Geographic Foto(s): Reprodução / Yuranan Nanthaisong via National Geographic

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