Stacie Rafton, de 34 anos, de Selby, North Yorkshire, foi diagnosticada com um tumor cerebral em janeiro do ano passado depois de ter uma convulsão. Os médicos acreditavam que o acidente era apenas um acidente vascular cerebral (AVC).
Após um exame de ressonância magnética, ela descobriu que tinha um tumor do tamanho de uma bola de golfe e foi submetida a uma operação.
Apesar da quimioterapia, os médicos disseram que seu quadro era incurável e que ela teria mais cinco anos de vida. Desde então, ela decidiu criar caixas de memória com o marido, Kenny, de 36 anos, e suas duas filhas Sophie, de 7, e Chloe, de 13. As caixas incluem grampos de uma cirurgia no cérebro, cartões de aniversário, bilhetes de avião e certificados escolares para ajudar a família a se lembra dela.
“Eu estava apavorada depois da convulsão, mas nunca imaginei que seria algo sério. Imediatamente pensei em minhas meninas, Sophie e Chloe, e todas as coisas que eu iria perder, como suas formaturas, casamentos e meus netos. Eu estava de coração partido, eu não queria perder todos esses eventos familiares especiais”, contou Stacie.
“Depois da notícia, eu decidi não perder mais tempo e criar as memórias para a minha família. Eu guardei todas as coisas que acredito que farão eles se lembrarem de mim e nós como uma família. É de partir o coração imaginar suas vidas sem mim. Conheço Kenny há 16 anos e pensar que ele terá que planejar meu funeral é de partir meu coração”, lamenta.
Os médicos sempre disseram que suas dores de cabeça e cansaço, que ela sentia desde os 15 anos tinham sido gerados pelo stress. Mas depois de ter uma convulsão, decidiu consultar médicos e realizar uma ressonância magnética. O teste revelou que ela tinha um Astrocitoma Anaplásico – uma forma de tumor cerebral.
Então, Stacie teve de esperar seis semanas antes de sua operação para tentar remover a massa. Ela fez radioterapia após a cirurgia, numa tentativa de diminuir ainda mais o tumor cerebral, além de 33 sessões de quimioterapia. Os médicos realizaram um ensaio clínico de quimioterapia oral e desde então sua massa não cresceu. Para verificar seu tamanho, são realizados exames a cada três meses.
“O meu objetivo é que as minhas meninas possam viver a vida da forma mais normal possível. Há tanta coisa que eu queria alcançar, mas agora eu tenho um limite de tempo para tudo. Eu fiz uma lista de coisas que eu ainda quero fazer, como saltar de um avião, aprender snowboard e levar as crianças para a Disney“, contou Stacie.
Para aproveitar o dia com as filhas, é preciso que Stacie durma cerca de três horas todas as tardes. Ela acredita que viveu com seu tumor por quase duas décadas e agora precisa de um coquetel diário de medicação para controlar sua dor.
“Eu tenho meus altos e meus baixos, mas minha família me mantém forte. Eu tenho que tomar analgésicos, como morfina, codeína e medicação para epilepsia. Tem sido difícil ajustar a minha vida agora que eu tenho um tumor no cérebro, mas com a criação da caixa de memória e da lista de desejos, eu vou viver meus últimos anos ao máximo“.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]