Mulher em coma surpreende médicos ao abrir olhos e respirar profundo após máquinas serem desligadas

de Redação Jornal Ciência 0

Uma mãe em coma surpreendeu os médicos quando seus olhos se abriram e ela respirou quando os médicos desligaram o respirador mecânico.

Kate Green, de 42 anos, de Rotherham, na Inglaterra, ficou em coma depois que um derrame gravíssimo ocorreu em dezembro do ano passado, deixando-a paralisada sem capacidade de respirar por conta própria.

Quando ela não mostrou sinais de recuperação após 8 dias, os médicos alertaram seu marido Adam, 44, e seu filho de 7 anos, que eles poderiam estar prestes a perdê-la.

Mas quando a máquina foi desligada, Kate surpreendeu a todos ao respirar fundo e abrir os olhos.

Na verdade, os médicos jamais pensaram ser possível sua recuperação após ter sofrido um tipo de derrame gravíssimo chamado AVC Pontino — um derrame que ocorre no tronco cerebral.

A família foi informada pelos médicos que o derrame foi tão grave que não havia necessidade de operá-la porque os riscos superavam qualquer possível benefício.

Cada país tem suas próprias regras sobre o “momento de desligar as máquinas”. Após 8 dias sem reagir, os médicos reuniram a família para avisar que desligariam o suporte de vida no dia seguinte, foi quando Kate Green voltou a respirar normalmente e abriu os olhos.

Green tem consciência que seu caso é raro e excepcional: “Eles não esperavam que as perspectivas fossem boas, dado o sangramento maciço que encontraram, e é muito raro que as pessoas sobrevivam deste tipo de derrame”, disse.

A partir disso, o ventilador só foi necessário para fornecer cerca de 25% de seu oxigênio, com Kate respirando sozinha a três quartos de sua capacidade normal.

Apesar do pior cenário possível de seu prognóstico ser a morte, agora Kate precisa enfrentar um possível estado quase vegetativo. Não sendo capaz de se mexer, ela consegue demonstrar sinais de compreensão do ambiente e reconheceu toda sua família.

Agora ela fala através de sinais mexendo os olhos para dizer “sim” ou “não”. A partir disso, começou a falar usando os olhos para apontar letras em um quadro digital especial que ajuda a formar palavras.

Green disse: “Tem sido horrível e incrivelmente estressante. As primeiras semanas foram horríveis — muitas lágrimas e apenas descrença. Mas quando comecei a mexer os olhos, foi como um milagre. As pessoas tendem a morrer deste tipo de derrame, então o fato deu ter saído dessa situação é algo notável”.

O que é um AVC Pontino?

Um acidente vascular cerebral pontino é um tipo de acidente vascular cerebral que ocorre na região da ponte do tronco cerebral.

Os raros derrames podem ser mortais ou deixar as vítimas em paralisia ou com Síndrome de Encarceramento — na qual as pessoas só conseguem mover os olhos. Pode resultar em perda extensa da função motora e outros déficits.

Os sintomas exatos de um paciente variam dependendo da gravidade do acidente vascular cerebral pontino, bem como de sua localização específica.

Isso ocorre porque os nervos cranianos desempenham funções diferentes em diferentes áreas do tronco encefálico e dentro da própria ponte.

Por exemplo, um derrame na parte de trás da ponte pode levar à ataxia — uma condição caracterizada pela perda de coordenação muscular. Outros sintomas comuns de acidente vascular cerebral na ponte incluem visão dupla, vertigem e tontura.

Após um acidente vascular cerebral pontino, alguns pacientes também apresentam dificuldade para engolir, déficits de fala, dormência e até paralisia de um lado do corpo ou de ambos. Em geral, boa parte dos pacientes não sobrevive se o sangramento for extenso.

Fonte(s): Daily Mail Imagens: Reprodução / Daily Mail

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