Uma mãe em coma surpreendeu os médicos ao abrir os olhos e respirar assim que o respirador mecânico foi desligado. Kate Green, de 42 anos, residente em Rotherham, na Inglaterra, entrou em coma após sofrer um derrame gravíssimo, que a deixou paralisada e sem capacidade de respirar por conta própria.
Sem sinais de recuperação após oito dias, os médicos alertaram seu marido, Adam, de 44 anos, e o filho do casal, de 7 anos, que poderiam estar prestes a perdê-la.
No entanto, ao desligarem a máquina, Kate surpreendeu a todos ao respirar profundamente e abrir os olhos. Os médicos não acreditavam ser possível qualquer recuperação, já que ela havia sofrido um AVC pontino — um tipo grave de derrame que atinge o tronco cerebral.
A família foi informada de que o derrame era tão severo que uma cirurgia não seria viável, pois os riscos superavam qualquer benefício.
Cada país tem suas próprias diretrizes sobre o “momento de desligar as máquinas”. No caso de Kate, após oito dias sem reação, os médicos comunicaram à família que o suporte de vida seria interrompido no dia seguinte. Foi então que ela retomou a respiração normal e abriu os olhos.
Kate tem consciência da raridade de seu caso: “Eles não esperavam que as perspectivas fossem boas, devido ao sangramento massivo que encontraram. É muito raro alguém sobreviver a esse tipo de derrame”, relatou.
Depois disso, o ventilador mecânico passou a fornecer apenas 25% do oxigênio necessário, ela está respirando sozinha em 75% de sua capacidade normal. Kate agora enfrenta um possível estado quase vegetativo. Incapaz de se mover, ela consegue demonstrar sinais de compreensão do ambiente e reconheceu todos os familiares.
Atualmente, Kate se comunica através de movimentos oculares, indicando “sim” ou “não”. Com o auxílio de um quadro digital, ela utiliza os olhos para apontar letras e formar palavras.
“Tem sido horrível e incrivelmente estressante. As primeiras semanas foram marcadas por muitas lágrimas e descrença. Mas, quando comecei a mexer os olhos, foi como um milagre. A maioria das pessoas não sobrevive a esse tipo de derrame, então o fato de eu estar aqui é algo notável”, desabafou Kate.
O que é um AVC pontino?
Um acidente vascular cerebral pontino ocorre na região da ponte do tronco cerebral. Esses derrames raros podem ser fatais ou deixar as vítimas paralisadas ou com a Síndrome de Encarceramento, em que a única movimentação possível é dos olhos.
A condição pode causar perda significativa de funções motoras e outros déficits. Os sintomas variam conforme a gravidade e a localização específica do derrame.
Por exemplo, um AVC na parte posterior da ponte pode causar ataxia — perda de coordenação muscular. Outros sinais incluem visão dupla, vertigem e tontura.
Alguns pacientes apresentam dificuldade para engolir, déficits na fala, dormência e até paralisia parcial ou completa. Na maioria dos casos, os pacientes não sobrevivem se o sangramento for extenso.
Fonte(s): Daily Mail Imagens: Reprodução / Daily Mail