Moradores de cidade americana completamente tóxica fugiram do local para sobreviver

de Julia Moretto 0

Pincher, localizada em Oklahona, nos Estados Unidos surgiu na década de 1910, depois que depósitos de chumbo e zinco foram descobertos na área.

Durante a Primeira Guerra Mundial ela foi uma cidade importante economicamente, já que metade do zinco e chumbo usados vieram desta região.

Porém, a exploração destes metais resultou em resíduos tóxicos e, após a mineração ser suspensa em 1970, cerca de 178 milhões de toneladas de resíduos, areia de moinho e lodo habitavam a cidade.

Até então os moradores não tinham ideia que os resíduos eram venenosos. Eles já haviam usado os componentes para preencher calçadas, rebocar paredes, construir muros, preencher campos de futebol e caixas de areia das crianças. 

Em 1990, um conselho escolar descobriu uma associação entre a dificuldade de aprendizagem e o chumbo. A partir daí foram feitos testes com as crianças, e 46% dos alunos apresentaram níveis de chumbo no sangue.

O governo procurou limpar a cidade, mas desistiu assim que os sumidouros apareceram. A medida foi indenizar as famílias para que procurassem um novo lar. Em 2014, a cidade tinha apenas um morador, Gary Linderman, que se recusou sair da cidade. Em junho de 2015, ele faleceu e atualmente a cidade não tem nenhum habitante.

Infelizmente a cidade ainda é altamente tóxica. Em 2015, cerca de mil aves migratórias foram encontradas mortas no local. Segundo os especialistas, elas morreram por envenenamento de metais.

Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

Jornal Ciência