Marinha dos EUA vai lançar armas a laser capazes de rastrear e destruir alvos

de Gustavo Teixera 0

Após a Marinha dos Estados Unidos ter revelado uma arma a laser de 30 quilowatts em 2014, agora parece que irá mostrar uma arma ainda mais poderosa: um laser de 150 quilowatts.

 

Um oficial disse que não demorará muito até que a arma seja apresentada, o que poderá acontecer nos próximos 12 meses. A arma será capaz de rastrear alvos, desativar seus sistemas e, se necessário, destruir navios completamente. No simpósio nacional da Associação Naval de Superfície no norte da Virgínia, nos Estados Unidos, o contra-almirante Ronald Boxall disse que o teste de uma arma a laser de 150 quilowatts poderia acontecer em breve.

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Em 2014, a Marinha dos Estados Unidos começou a usar um laser de 30 quilowatts a bordo do navio USS Ponce, durante as patrulhas do Golfo Pérsico. A arma pode endereçar ameaças múltiplas usando uma gama de opções, desde medidas não letais, como ofuscantes óticos, até destruição completa, se necessário. As armas a laser são poderosas, acessíveis e desempenharão um papel vital no futuro das operações de combate naval“, disse o contra-almirante Matthew Klunder.

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Enquanto o laser de 30 quilowatts provou ser bem-sucedido, enfrentou alguns desafios devido ao baixo poder da arma. “A Marinha procurará geradores que possam fornecer três vezes mais energia. Para ter poder de 150 quilowatts, os sistemas do laser estarão consumindo 450 quilowatts”, disse Donald Klick, diretor de desenvolvimento de negócios da DRS Power and Control Technologies.

 

Um artigo em 2014 explicou por que um laser de alta potência seria tão difícil de produzir. Jeremy Sylvester, que escreveu o artigo, disse: “Os navios, especialmente as plataformas mais antigas, não foram construídos para fornecer a energia necessária para sustentar o uso de um laser de alta potência”.

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Alguma forma de armazenamento de energia será necessária para os navios incapazes de acomodar as demandas de uma carga pulsada da ordem de centenas de quilowatts“, completou Sylvester. Segundo Sylvester, um sistema para armazenar energia para uso sob demanda por uma arma a laser seria feito de capacitores, baterias recarregáveis ou equivalentes. O serviço idealmente seria capaz de recarregar as reservas de energia de um laser quase que instantaneamente, permitindo que ele disparasse indefinidamente.

 

Enquanto isso seria o cenário ideal, Klick explicou que uma das empresas que desenvolve as tecnologias tem um sistema que pode disparar “bem mais de 100 tiros” antes de precisar ser recarregado. No início deste mês, o Ministério da Defesa do Reino Unido revelou que fechou um contrato de 30 milhões de libras, cerca de 120 milhões de reais, para criar uma arma a laser que possa rastrear alvos e operar em condições climáticas variadas.

 

Se o protótipo for bem-sucedido, as primeiras armas a laser do Reino Unido poderão entrar em serviço em meados da década de 2020.

[ Daily Mail / Business Insider ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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