Esta raça de cavalos só existiu no século 19, e sua história é fascinante

de Gustavo Teixera 0

Pouco antes da virada do século 20, uma nova raça de cavalo surgiu no Oeste dos EUA e virou atração de muitos circos do país, além de fazer figuração em diversos filmes. Eram conhecidos como “Oregon Wonder Horses” (algo como “Cavalo Maravilha de Oregon”) e tinham crinas e caudas que ultrapassavam os 3 metros de comprimento.

Por cerca de 20 anos, eles foram uma das atrações mais populares do país. No entanto, da mesma fora que apareceram, essas criaturas sumiram de repente. Agora só são vistas em fotografias. 

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Os cavalos eram famosos no final do século 19 por suas peles castanhas, e mais importante, por suas longas crinas e caudas.

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Este, por exemplo, foi nomeado de “White Wings” (“Asas Brancas”, em tradução livre). Ele tinha uma cauda que media cerca de 5 metros e uma crina de aproximadamente 4 metros. Um livro de 1902 sobre animais extraordinários descreveu-o como o cavalo mais bonito que já existiu.

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A maioria dos proprietários trançava os pelos de seus cavalos. Eles faziam isso para evitar que eles se embaraçassem enquanto os cavalos dormiam. Apesar de sua aparência, eles “foram alcançados através de cruzamento de cavalos de corrida normais, como Percherons, e cavalos Andaluz”.

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A “Rainha de Oregon”, como era chamada a primeira exemplar a se tornar famosa, foi criada na década de 1880 em uma fazenda no estado de Oregon. Mais tarde, ela se mudou para o Leste para fazer shows e morreu em Coney Island, em Nova York, nos Estados Unidos. Seu filho, Linus, foi o único da prole a herdar seu pelo longo, e transformou-se em um cavalo famoso. Em 1890, ele foi vendido por US$ 30.000 na época o que hoje seria mais de US$ 750.000, (aproximadamente R$ 2,4 milhões), para o Eaton Traveling Circus.

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O filho de Linus, Linus II também herdou a crina e a cauda características, mas ele foi o último em sua linha familiar a tê-las. Como seus antecessores, passou sua vida viajando com circos diferentes.

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Infelizmente, os cavalos eram endogâmicos, ou seja, somente se reproduziam com animais da mesma família, para tentar manter ou nivelar as características. Isso levou a um grande número de problemas genéticos com o passar do tempo.

Hoje, essas criaturas surpreendentes não existem mais, mas muitas imagens sobreviveram do breve período de tempo em que estiveram por aqui, e ajudam a nos lembrar da beleza desses animais.

[ Boredom Therapy ] [ Fotos: Reprodução / Boredom Therapy ]

Jornal Ciência