Criança encontrada morrendo de fome em orfanato é adotada por casal norte-americano

de Merelyn Cerqueira 0

Ryan Morse, um menino búlgaro de oito anos, foi adotado ano passado pelo casal de norte-americanos, David e Priscilla Morse. No entanto, quando foi encontrado no orfanato, estava à beira da morte, fato que lhe fez ser enviado às pressas a um hospital no momento em que chegou ao Tennessee, EUA.

Ryan teria nascido com nanismo e pesava pouco mais de três quilos, por isso os médicos tiveram que o colocar em um tubo de alimentação. Passado o risco, o menino apresentou uma recuperação incrível e atualmente está pesando pouco mais de 10 quilos, de acordo com informações do jornal Daily Mail.

menino-abandonado-morrendo-de-fome_06

Em entrevista ao jornal, Priscilla contou que conheceu o caso de Ryan enquanto olhava sua linha do tempo no Facebook, em junho de 2014, e viu a foto do garoto em uma página de adoção. Ela e seu marido, David, rapidamente decidiram que adotariam a criança. O casal, que já possuía dois filhos biológicos – Dylan, 13 anos e Jack, 7 -, em 2012 adotou McKenzie, uma menina russa de sete anos que nasceu com Síndrome de Down e defeitos cardíacos.

menino-abandonado-morrendo-de-fome_01

Priscilla voou para a Bulgária com a intenção de finalizar a adoção. Quando o encontrou, ele tinha sete anos e pouco mais de três quilos. Magro e à beira da morte, o corpo do menino, em um último esforço para lhe preservar a vida, estava coberto de pelos, que, para todos os efeitos, o mantinha aquecido. A mãe então disse ter temido que Ryan morresse antes que pudesse finalizar toda a papelada.

menino-abandonado-morrendo-de-fome_03

O primeiro encontro foi muito assustador”, disse ela. “Ele era ossos e pele, e literalmente parecia um esqueleto. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: ele vai morrer”.

Então, assim que conseguiu desembarcar com a criança nos EUA, em novembro de 2015, correu para um hospital infantil, onde os médicos imediatamente colocaram-no em um tubo de alimentação. “Eu nunca tinha visto um médico olhar para uma criança e irromper em lágrimas”, contou. “Chamaram serviços sociais e eles disseram: desculpe, ele provavelmente vai morrer”.

As duas primeiras semanas de Ryan na América foram passadas dentro de um hospital. Quando saiu, logo precisou retornar, ficando internado por cerca de um mês. Desde então, gradualmente vem ganhando peso, vencendo a desnutrição, perdendo os pelos e ganhando cor na pele e nos lábios. Atualmente com 10 quilos, ele está começando a aprender a balbuciar e a se mover por conta própria. Os pais também o matricularam em uma escola pública, onde seu progresso será monitorado por um professor especialista em crianças com necessidades especiais.

Os pais descobriram que Ryan nasceu com paralisia cerebral, microcefalia, escoliose, pés tortos e nanismo. Os médicos disseram que ele pode levar anos até se recuperar dos problemas desenvolvidos no orfanato e que não sabem ao certo quanto ele irá crescer ou quão bem será capaz de falar. Mas, os Morses disseram estar positivos e acreditar que Ryan irá melhorar.

Priscilla revelou que, enquanto criança, teve um irmão mais velho que nasceu com necessidades especiais, mas morreu aos nove anos de idade. Essa foi sua inspiração para começar a adotar crianças especiais. “Eu era muito jovem quando ele faleceu, [mas] lembro o quanto meus pais o amavam, apesar de todas as suas necessidades especiais”, disse. “Eu queria dar isso a uma criança que foi abandonada por causa de suas necessidades especiais. Todos merecem uma família”.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ] 

Jornal Ciência