Autoridades da cidade de Ahlen, na Alemanha, foram criticadas por apreender o cachorro de uma família e vendê-lo no eBay para saldar impostos não pagos.
A história começou em novembro do ano passado, quando um oficial de justiça e dois funcionários da prefeitura apareceram na casa da família para apreender objetos de valor como compensação de dívidas devidas ao município.
A família, que preferiu permanecer anônima, afirmou ao jornal local Die-Glocke que as autoridades tentaram primeiro apreender a cadeira de rodas do homem da casa, que era deficiente.
Mas, pelo fato da cadeira não ser de propriedade da família, optaram por levar o cão de estimação da raça pug, chamado Edda.
Um dos funcionários da prefeitura tentou vender o cão em sua conta particular no eBay, por um valor de 854 dólares (R$ 3220), cerca de metade do valor atual de pugs de pedigree no mercado.
Uma mulher, identificada como Michaela Jordan, viu o anúncio e contatou o vendedor para obter mais informações, uma vez que o preço levantou suspeitas.
O funcionário explicou o caso e acrescentou que a venda era legal e o animal estava saudável, de modo que Jordan comprou o cachorro.
Embora o caso tenha ocorrido ano passado, apenas recentemente a história chegou aos jornais, depois que Jordan reclamou que o cão sofria de problemas de saúde não revelados.
Ela disse que Edda precisou de quatro cirurgias devido a problemas oculares e pediu reembolso de mais de 2 mil dólares (R$ 7500) à prefeitura para cobrir as despesas médicas, bem como o valor da compra.
Os antigos proprietários do cão não ficaram felizes com o final que a história teve e, embora o animal estivesse em boas mãos, afirmaram que as crianças estavam emocionalmente abaladas.
Segundo Frank Merschhaus, porta-voz da prefeitura de Ahlen, afirmou que animais de estimação de valor podem ser apreendidos como garantia, mas auxílios que garantam a mobilidade das pessoas com deficiência, como a cadeira de rodas, não podem ser confiscados. Sendo assim, a prefeitura endossa que os fiscais não cometeram erro ao apreender o cachorro.
As autoridades de Ahlen afirmaram que a apreensão do cão foi “completamente legal”, considerando se tratar de “um animal de estimação valioso”.
No entanto, ainda assim, ordenaram uma investigação interna sobre o incidente após pressão dos jornais.
Fotos: Reprodução / Rademacher