Arqueólogos afirmam ter desenterrado “descoberta de uma vida” em sítio na Escócia

de Merelyn Cerqueira 0

Pesquisadores descobriram em um sítio arqueológico próximo à cidade de Carnoustie, em Angus, costa leste da Escócia, objetos bem preservados que foram tidos como “achados de uma vida”, de acordo com informações da Science Alert.

 

A escavação, ainda em andamento, revelou uma série de artefatos históricos, que inclui uma espada de bronze, uma ponta de lança decorada em ouro e vasos datados em cerca de 3.000 anos. De acordo com os arqueólogos comissionados pela GUARD Archaeology para realizar a escavação, trata-se de um “acervo raro e internacionalmente significativo”, que pode nos ensinar muito mais sobre a Idade do Bronze na região.

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É incomum recuperar tais artefatos em uma escavação arqueológica moderna e capaz de revelar muito sobre o contexto de seu enterro”, disse o responsável pelo projeto, Alan Hunter Blair, em entrevista à BBC NewsEmbora alguns artefatos estejam bem preservados, como a espada de bronze, foi a ponta de lança marcada com ouro que impressionou os pesquisadores, isso porque, até hoje, poucas destas foram encontradas na Grã-Bretanha.

 

Os mitos célticos mais recentes frequentemente destacam a refletividade e brilho das armas heroicas”, explicou Blair. “As decorações de ouro provavelmente foram adicionadas à ponta de lança para exaltá-la, tanto pela raridade do material quanto para seu impacto visual”.

 

No enterro também foram encontrados restos orgânicos, que raramente sobrevivem intactos a um período tão longo, incluindo uma bainha em couro e madeira, pele de peixe utilizada para proteger a ponta da lança e materiais têxteis. Os pesquisadores ainda identificaram outros assentamentos ao redor, o que deu a eles um contexto útil para descobrir mais sobre as comunidades que viviam ali.

 

No mesmo local, a equipe se deparou com o maior salão neolítico já encontrado na Escócia, datado em 6.000 anos atrás. Isso significa que o salão teria sido usado por povos ainda mais antigos do que os responsáveis pelos artefatos. Logo, os pesquisadores acreditam que Carnoustie parece ter sido uma colmeia de atividades ao longo de milhares de anos. No entanto, ainda não claro se o local foi habitado entre o período Neolítico, Idade do Bronze ou se houve uma lacuna de tempo entre os assentamentos. Portanto, as escavações continuarão até que a equipe obtenha dados suficientes para publicar um estudo revisado por pares em um jornal ou revista especializado.

[ Science Alert ] [ Fotos: Reprodução / Science Alert ]

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