5 leis terríveis que foram alteradas apenas recentemente em países desenvolvidos

de Julia Moretto 0

As leis são criadas com o intuito de definir o que um grupo pode ou não fazer em uma determinada região. Algumas leis são tão bizarras que se tornam engraçadas, como é o caso da proibição de caminhar com uma casquinha de sorvete no bolso de trás da calça no estado do Alabama, Estados Unidos. Outras leis, no entanto, expressam opiniões polêmicas sobre a liberdade de mulheres, crianças e outros grupos.

Mas como nada é definitivo no mundo, as leis também podem sofrer alteração. Confira cinco leis que foram recentemente mudadas:

1 – Até 2005, mulheres não respondiam por abuso sexual infantil na Nova Zelândia

Somente em 2005, passou a existir uma lei que incluísse mulheres em casos de assédio sexual de crianças na Nova Zelândia, porém, até hoje elas não podem ser acusadas em casos de estupros envolvendo adultos. Ainda que cometam esse tipo de crime, são acusadas de “violação sexual”, considerada mais leve que estupro.

Um caso que ganhou repercussão aconteceu em 2013, quando uma professora de natação de 21 anos relatou ter mantido relações sexuais com seu aluno de 13 anos. Como punição, a professora foi suspensa por um ano do time, por ter prejudicado a atenção da equipe.   

2 – Na Dinamarca, era permitido ter relações sexuais com animais, até 2015

Dois jornalistas disfarçados entraram em um bordel de animais na cidade de Jutland, na Dinamarca em 2007. No local, era possível “se divertir” com animais, inclusive cavalos. Já em 2014, a revista “Vice” fez uma entrevista com um zoófilo que não queria alugar o seu cachorro para outro zoófilo, alegando não querer correr o risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis.

Até então, a única lei vigente sobre o assunto era a proibição de ferir um animal. Em 2015 a lei foi alterada, e quem for acusado de abuso sexual de animais será obrigado a pagar multas e poderá ser preso. A votação que estabelecia se a nova lei entraria em vigor, contou com 91 votos a favor e 75 contra. O principal argumento das pessoas que votaram a favor era que a Dinamarca não deveria ser o último país europeu a permitir essa prática.

3 – Mulheres só conseguiram adquirir cartões de crédito ou empréstimos em bancos, a partir de 1974

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As mulheres sempre tiveram que lutar pela igualdade. E foi somente em 1974, com o Ato da Igualdade de Oportunidade de Crédito, que os bancos foram proibidos de recusar atendimento de acordo com o gênero.

O que acontecia é que até o começo do século XX, mulheres não podiam obter um cartão de crédito e nem pedir um empréstimo. Elas precisavam fazer essas ações através do nome do pai ou do marido. 

O divórcio também não era fácil, já que, por conta desse empecilho, era praticamente impossível que uma mulher comprasse um imóvel ou abrisse um negócio em seu nome.  As mulheres casadas, quando usavam esses “benefícios”, não tinham nada em seu nome, já que os objetos ou imóveis estavam no nome do marido. 

4 – Até 1967, pessoas aborígenes eram consideradas animais na Austrália

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Até 1967, os australianos aborígenes eram vistos como animais. A legislação referente a eles estava contida nas leis da fauna e da flora da região. Isso significa que eles não possuíam cidadania australiana, nem recebiam outros benefícios – como o voto.

Em 1905, o Ato de Aborígenes, decretou ilegal a socialização de nativos australianos e descendentes europeus. Somente, após 62 anos é que o grupo passou a ser considerado “humano” pela constituição australiana.  

5 – Até 1976, a Suécia forçava a esterilização de pessoas

A Suécia foi responsável por esterilizar cerca de 62 mil de seus cidadãos até 1976. Segundo estudos, esse número só foi superado pelos nazistas. Em 1922, um programa sueco do Instituto de Biologia Racial começou a realizar esse procedimento com objetos pró-ariano.

Diferente de outros países, a Suécia, depois da Segunda Guerra Mundial, aumentou os investimentos do programa, realizando a esterilização de jovens internados, órfãos, pessoas pobres, pessoas com deficiência intelectual, filhos de pais de raças diferentes e mulheres que precisavam recorrer ao aborto. Qualquer pessoa podia indicar vizinhos ou colegas para o governo esterilizar.  Outra mudança estabelecida na Suécia, é que só em 2013, o país deixou de impor a esterilização a transexuais que solicitavam a mudança legal de sexo.

[ Cracked / Times / Ice News / Find and Connect ] [ Fotos: Reprodução / Pixabay ]

Jornal Ciência