No ano que vem, todos os centros e escritórios do Google vão estar com energia renovável, segundo anúncio da empresa.
Isso significa que toda vez que você acessar sua conta no Gmail ou fazer uma pesquisa, uma fonte de energia renovável será aproveitada em algum lugar do mundo. Essa ideia foi estabelecida desde 2010. Como não é logisticamente possível construir e conectar uma central solar ou eólica a cada um dos edifícios, a empresa financiará projetos suficientes em todo o mundo para compensar suas demandas de energia de 5,7 terawatt-hora (TWh) por ano.
“Para alcançar esse objetivo, vamos comprar bastante vento e energia solar anualmente para compensar cada unidade de eletricidade das operações que consumimos”, disse Urs Hölzle, do Google.
A empresa também publicou um white paper – um relatório que serve de guia sobre determinado assunto – sobre os seus esforços de energia limpa e abriu um novo site de consciência ambiental para relatar suas diversas iniciativas, tais como sensores de poluição sobre carros do Street View e um projeto para parar a pesca ilegal.
Cerca de 1 bilhão de pessoas usa o Gmail regularmente, passa horas assistindo YouTube todos os dias ou consumindo energia com suas buscas no Google. Google consome energia de fontes não renováveis - nos dias em que o sol não está brilhando, por exemplo, e a empresa precisa recorrer a combustíveis fósseis para manter os serviços em execução.
“Em alguns momentos, estamos mais comprando energia renovável do que consumindo em nossas operações, mas ao longo de um ano esperamos que as nossas compras totais de energia renováveis se igualem a 100 por cento para o nosso consumo global”, explica a empresa no seu Livro Branco.
A boa notícia é que o Google não é a única empresa de tecnologia empenhada a realizar mudanças. A Apple diz que 93 por cento de suas operações em todo o mundo são alimentadas por energia renovável e a empresa está planejando apoiar projetos geradores de 4 gigawatts de energia limpa até 2020. Já o Facebook quer ter 50% de seus sites venham de fontes limpas e renováveis até 2018. Ainda há muito mais a ser feito, mas é um grande passo ver alguns dos maiores nomes da tecnologia liderando o caminho.
A medida faz sentido para os negócios também: ao longo dos últimos seis anos, o custo da energia eólica caiu 60% e o custo da energia solar caiu 80%. Além disso, devido a esses projetos usarem os recursos naturais livres, não há flutuações nos custos, como pode haver com a mudança de preços do petróleo ou carvão.
[ Science Alert ] [ Fotos: Reprodução /Google ]