Estes GIFs vão te mostrar como é enxergar como as pessoas com deficiências visuais

de Bruno Rizzato 0

O comprometimento da visão é um conceito difícil de entender. Para as pessoas que não sofrem de distúrbios comuns de visão é realmente complicado saber como é o mundo através dos olhos de pessoas com deficiência visual, como os efeitos nebulosos do glaucoma ou os pontos pretos que incomodam a visão das pessoas com retinopatia diabética.

O comprometimento da visão é uma aflição comum, afetando cerca de 285 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Além disso, 39 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser cegas ou estarem caminhando para isso. Assim, a Clinic Compare, localizada em Londres, especializada em aconselhamento médico, produziu quatro GIFs que ilustram como é a visão de pessoas com deficiências visuais comuns.  

1 – Catarata

catarata

A catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira, afetando cerca de 20 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a OMS. A catarata faz com que o cristalino do olho – a parte clara que ajuda a concentrar a luz ou uma imagem sobre a retina – fique turvado, de acordo com o National Eye Institute (NEI). Para os olhos normais, a luz passa através da lente transparente, atingindo a retina. Quando se atinge a retina, a luz é transformada em sinais nervosos que são enviados para o cérebro. Por isso, é vital que as lentes sejam claras, para que a retina possa receber uma imagem nítida.

Porém, quando a lente fica turva, por conta de uma catarata, a imagem pode ficar embaçada. A condição é muito comum em pessoas mais velhas, e a maioria das cataratas é relacionada ao envelhecimento, podendo ocorrer em qualquer um dos olhos. No entanto, uma pesquisa do NEI sugere que as pessoas também podem desenvolver cataratas por conta do tabagismo e diabetes.

Cataratas precoces são tratadas com novos óculos e uma iluminação mais brilhante. A cirurgia para remover o cristalino opaco e substituí-lo por uma lente artificial é recomendada apenas quando os tratamentos anteriores não funcionam como o esperado.

2 – Glaucoma

glaucoma

Glaucoma não é uma doença específica, e sim, um termo genérico para um grupo de doenças que pode danificar o nervo óptico do olho. Essas doenças resultam na perda da visão e cegueira, de acordo com NEI. A OMS estima que 4,5 milhões de pessoas em todo o mundo fiquem cegas como resultado de um glaucoma primário, que representa mais de 12% da cegueira global.

As pessoas com glaucoma perdem sua visão periférica lentamente. Embora existam vários tipos de glaucoma, os dois mais comuns são o glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e o glaucoma de ângulo fechado (GAF).

O GPAA tem um início lento e prejudicial, enquanto o GAF é menos comum, mas mais agudo. A pressão ocular é um importante fator de risco para a lesão do nervo óptico, que pode levar ao glaucoma, segundo especialistas do NEI. Um líquido claro flui continuamente a partir de uma zona localizada na frente do olho. Assim, no GPAA, o fluido se acumula e aumenta a pressão no olho.

A pressão arterial elevada também pode aumentar o risco de glaucoma, que é tratado através de medicamentos, com cirurgia a laser ou convencional. Essas táticas podem salvar a visão restante, mas não podem reverter a visão já perdida por conta da condição.

3 – Degeneração macular relacionada à idade

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A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a terceira causa mais comum de cegueira – depois de catarata e glaucoma, de acordo com a OMS. É também a principal causa de perda visual entre aqueles com mais de 50 anos.

É uma doença que borra a visão nítida necessária para as atividades que exigem maior proximidade, como ler, costurar ou dirigir, segundo o NEI. A doença afeta a mácula – que é composta de milhões de células sensíveis à luz responsáveis por fornecer a visão central. A mácula é a parte mais sensível da retina e quando está danificada, o centro de visão de uma pessoa parece desfocado, distorcido ou escuro.

A doença avança tão lentamente que a perda da visão não ocorre em um curto período de tempo. Não existe tratamento precoce para a DMRI, mas injeções e tratamentos a laser poderiam ajudar pessoas com DMRI neovascular avançada.

4 – Retinopatia Diabética

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Uma doença da visão pode ser causada por diabetes: a retinopatia diabética, que ocorre quando um grupo de lesões é formado na retina.

Essas lesões são um resultado de alterações vasculares na circulação da região dos olhos, segundo a OMS. Essas mudanças podem causar vazamentos de vasos sanguíneos ou hemorragia, o que distorce a visão. A hemorragia que ocorre no olho devido à retinopatia diabética pode causar o aparecimento de “pontos flutuantes” na visão, de acordo com o NEI.

Esses pontos não possuem tratamento imediato e o sangramento pode ser recorrente, aumentando o risco de perda de visão. A OMS estima que 5% da cegueira mundial – o que representa cinco milhões de pessoas – ocorre devido a retinopatia diabética. A perda de visão devido à doença é frequentemente irreversível, mas a detecção e tratamento precoce podem reduzir o risco em 95%. A doença é tratada com cirurgia a laser de dispersão, que faz com que até 2.000 pequenas queimaduras na retina – que causam anormalidades nos vasos sanguíneos – encolham.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail e Pixabay ]

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