Casal reza por duas horas antes de chamar emergência para tentar salvar filho que morreu de fome

de Merelyn Cerqueira 0

Alexandru Radita tinha apenas 15 anos quando foi encontrado morto na casa de sua família em Calgary, no Canadá, em 2013. Diagnosticado com diabetes, ele morreu após sofrer complicações devido à fome.

 

Os pais, Emil e Rodica, foram acusados de assassinato e condenados à prisão perpétua. Em relatos aos amigos, eles confessaram ter rezado por cerca de duas horas antes de chamarem a emergência e que o menino teria “morrido e sido ressuscitado por Deus”.

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A autópsia determinou que Radita estava pesando apenas 16 quilos no momento de sua morte. No julgamento também veio à tona que, apesar de os serviços sociais o terem tirando da custódia dos pais por um ano, ele acabou voltando. Os pais, no entanto, não acreditavam em seu diagnóstico de diabetes, apesar das várias hospitalizações.

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Em uma carta para o Ministério das Crianças, um ex-professor do jardim de infância de Alexandru escreveu: “Sua história de vida, sofrimento e morte prematura exigem uma partilha mais aberta de informações entre as províncias. Os mais vulneráveis ​​devem ser protegidos. Eu nunca vou esquecer do doce rosto de Alex e do privilégio que foi ensiná-lo, apoiá-lo e incentivá-lo durante seu ano no jardim de infância. Ele está livre do seu sofrimento e agora descansa em paz”.

 

Segundo um dos investigadores do caso, os pais afirmavam ter ido para a igreja às 18 horas e voltado às 20h, quando viram que a criança não estava mais respirando. Então, eles oraram por mais duas horas antes de acionarem o socorro às 22 horas. Os investigadores também afirmaram que havia vários membros da igreja na casa durante a morte do menino e que era bem possível que ele já não estivesse respirando desde às 18 horas.

 

Segundo os legistas, Alexandru apresentava sinais de negligência, como reservas esgotadas de músculos e gordura, além de alguns dentes apodrecidos. Foi constatado que ele teria morrido de septicemia bacteriana, devido a uma ferida em seu pescoço que causou infecção em toda a corrente sanguínea.

 

Em uma atualização do caso, publicada recentemente pelo Daily Mail, foi dito que os pais não mostraram emoções no tribunal, tampouco comentaram sobre a sentença. Eles foram julgados e condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional por pelo menos 25 anos. Nas palavras da juíza Karen Horner, responsável pela sentença: “Suas ações em matar de fome seu filho Alex estão além da compreensão […] Sua condição física na hora da morte não era de algo que ocorreu de forma súbita ou rápida, mas que se desenvolveu ao longo de meses e possivelmente anos”.

[ Daily Mail / CTV  ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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