Kim De’Atta, de Somerset, Inglaterra, acredita sofrer de uma espécie de sensibilidade eletromagnética que estaria lhe causando sintomas como enxaqueca, fadiga e infecções.

Como resultado de sua condição, ela raramente consegue sair de casa para visitar familiares e amigos. Embora a doença não seja reconhecida pela NHS (sistema de saúde do Reino Unido), acredita-se que até 4% da população em geral seja afetada por essa espécie sensibilidade, de acordo com o jornal Daily Mail.

Em entrevista ao Somerset Live, De’Atta contou que sofre com as antenas de telefonia móvel dispostas próximas à sua residência, bem como sinais de Wi-Fi, e por isso precisa usar um capacete para conseguir dormir. “Na maioria das vezes, as pessoas pensam que sou louca”, disse. “É difícil porque elas não sabem como é. Não vejo amigos e família há muito tempo e tive apenas duas visitas este ano. É muito desagradável”. Ela teria descoberto sua sensibilidade após alguém reconhecer os sintomas.

Enquanto adolescente viveu no sul de Londres, até que percebeu que os avanços da tecnologia estavam lhe causando desconforto. Quando começou a trabalhar como enfermeira, comprou seu primeiro celular, mas, sempre que o aparelho tocava, sentia uma dor de cabeça excruciante.

Os sintomas gradualmente pioraram, e por isso resolveu se mudar para Glastonbury, acreditando que assim escaparia da tecnologia moderna. Apesar de inicialmente se sentir bem, uma torre de celular instalada em um campo próximo à cidade a fez se mudar novamente. A condição foi trazida à luz após o personagem de uma série da Netflix, “Better Call Saul”, torná-la mais pública. Um dos personagens principais é forçado a usar um casaco forrado com papel alumínio para conter a energia eletromagnética ao seu redor.

Agora, De’Atta planeja aumentar a conscientização das pessoas a respeito de sua doença, bem como tentar fazer com que ela seja reconhecida pelos órgãos de saúde pública.

O que são ondas eletromagnéticas?

As ondas eletromagnéticas estão por toda parte e constantemente somos bombardeados por elas a partir do espaço. Embora não haja evidências de danos permanentes no corpo, algumas pessoas relatam desconforto quando estão ao alcance de sinais de Wi-Fi, ou outros tipos de ondas.

O Wi-Fi, telefones celulares, TVs e rádios utilizam o mesmo tipo de sinal, mas em diferentes comprimentos de ondas, e por isso têm propriedades diferentes. No entanto, o sinal do Wi-Fi é mais intenso e frequente do que os outros, uma vez que carrega uma grande quantidade de informações.

Sensibilidade rádio/eletromagnética

Acredita-se que até 4% da população em geral seja afetada por essa condição, que ainda não é reconhecida pelos órgãos de saúde. As vítimas comumente experimentam sintomas semelhantes aos de uma gripe, incluindo dores de cabeça, letargia e náuseas, quando são expostas a aparelhos elétricos. Devido à falta de evidências, muitos médicos ainda são céticos sobre a síndrome, e nenhum estudo até hoje ofereceu estatísticas oficiais.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

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