Uma paciente de 45 anos, do Mississippi, EUA, quase morreu ao sentir um “estalo” enquanto tinha relações sexuais com seu marido, de acordo com um estudo de caso publicado pelos médicos.
Na revista científica American Journal Case Report, o caso foi detalhado: “A paciente estava tendo relações sexuais com o marido e, durante o orgasmo, sentiu um ‘estalo’ no peito com dor nas costas. Ela afirmou que suas pernas estavam pressionadas contra o peito durante o orgasmo”.
A paciente não foi identificada para ter sua imagem preservada. De acordo com a revista médica, ela foi levada às pressas para a sala de emergência após ter sensação de “facada” e dor em intensidade 10 — a mais alta na escala de perguntas que os médicos fazem aos pacientes.
Ao chegar, foi acometida por uma súbita falta de ar e sua pressão arterial estava 22/14. Em média, a pressão considerada normal é 12/8 para uma mulher na faixa dos 40 anos, de acordo com o CDC dos EUA.
A paciente tinha um histórico de hipertensão e era fumante. Ela foi medicada com morfina e fentanil (fortíssimos analgésicos opioides) para suportar a dor até que os médicos entendessem o que estava ocorrendo.
Ela teve um vazamento em sua aorta — maior artéria do corpo com diâmetro de 2,5 cm —, condição clínica conhecida como Síndrome Aórtica Aguda, estando entre as doenças graves de altíssimo risco para a vida dos pacientes.
Os médicos no estudo detalharam que ela sofreu um Hematoma Intramural Aórtico, que poderia ter causado a ruptura completa da aorta e levar à morte instantânea.
Em geral, rupturas da aorta matam 40% dos pacientes imediatamente, e são poucos os casos em que é possível socorrer o paciente a tempo, de acordo com o estudo.
Um “rasgo” na aorta ocorre ao longo de muitos anos, quando as paredes da artéria são enfraquecidas. A erosão geralmente é causada pela pressão alta descontrolada, onde o paciente não mantém os níveis saudáveis ou não toma os medicamentos contra hipertensão de forma adequada.
No entanto, pesquisadores descobriram que os homens, na faixa dos 60 anos, sofrem com muito mais frequência de doenças relacionadas ao coração, durante as relações sexuais, comparado com as mulheres.
O risco de morte súbita cardíaca tem incidência de 0,19% em homens e 0,16% em mulheres durante o sexo ou masturbação.
No caso da paciente citada, não houve necessidade de cirurgia porque os médicos conseguiram estabilizar sua pressão com medicamentos. Voltando ao normal, a pressão deixa de fazer força contra as paredes da aorta.
Ela recebeu alta após 3 dias e precisa manter controle rígido especializado para controlar sua hipertensão. Os médicos publicaram o caso porque um Hematoma Intramural Aórtico em uma mulher de 45 anos, durante a relação sexual, não é comum nos hospitais.
Isso pode ajudar outros médicos a entender possíveis mudanças fisiológicas provocadas pelo estresse e desgaste físico que uma relação sexual pode ter na dinâmica do fluxo sanguíneo de uma pessoa.
Compreender estes fatores pode ajudar outros pacientes com doenças cardiovasculares a prevenir a possibilidade de sofrer o mesmo tipo de rompimento ou a morte subida, que pode ocorrer durante a prática do sexo.
Fonte(s): New York Post Imagens: Reprodução / American Journal Case Report