TOP 7 equívocos que cometemos sobre a existência de alienígenas

de Bruno Rizzato 0

De acordo com Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto SETI em Mountain View, na Califórnia, os alienígenas sempre são retratados de forma duvidosa, principalmente pela indústria de filmes de ficção científica.

Aliens podem, de fato, existir, e segundo vários pesquisadores, é possível usar o conhecimento adquirido até então para supor algumas características de ETs, que podem ser totalmente diferentes das expostas nas produções de Hollywood. 

Conheça agora 7 especulações de especialistas, sobre equívocos que cometemos quando pensamos em seres extraterrestres:

1 – Eles podem ser agressivos

O renomado físico Stephen Hawking, certa vez, advertiu que os esforços da humanidade para tentar se comunicar com extraterrestres poderiam nos colocar em perigo.

Se os alienígenas que detectam nossos sinais forem tecnologicamente capazes de encontrar o planeta Terra, isso provaria que eles são muito mais avançados do que nós. “Eu acho que o resultado seria muito mais como quando Cristóvão Colombo desembarcou na América, o que acabou não sendo muito bom para os nativos americanos”, disse Hawking.

Mas como poderíamos prever o comportamento de uma civilização alienígena? Seth Shostak disse que, para observar isso, não é preciso ir ao espaço. A agressão evoluiu como um traço entre terráqueos porque o comportamento nos ajudou a obter e proteger certos recursos.

Embora aliens teriam surgido e evoluído sob condições totalmente diferentes, a pressão para garantir recursos finitos provavelmente teria moldado seu comportamento, da mesma forma. “Eu suspeito que recursos sejam finitos em qualquer lugar do Universo”, disse Shostak.

2 – Os seres humanos não foram trazidos à Terra por aliens

Uma teoria popular diz que os seres humanos foram um presente alienígena à Terra. Algumas pessoas dizem que nossa espécie foi trazida para cá durante uma passagem próxima à Terra, pela população de um planeta chamado Nibiru.

Esse suposto planeta – nunca observado por astrônomos – contornaria as arestas do Sistema Solar e oscilaria ao longo do tempo. “Recebo vários e-mails por semana dizendo que o Homo sapiens é o resultado de uma intervenção alienígena. Eu não sei como ETs estariam interessados ​​em nos produzir. Acho que as pessoas gostam de pensar que somos especiais”, respondeu Shostak.

3 – Eles não seriam sensíveis às bactérias da Terra

Visitantes alienígenas à Terra são ocasionalmente representados na ficção científica como frágeis ao nosso planeta e seu bioma. Sem imunidade a bactérias da Terra, todos eles morrem por infecções. Isso realmente não iria acontecer.

Formas de vida alienígenas não viriam até aqui para contrair nossas bactérias, a menos que elas estivessem relacionadas bioquimicamente com os seres humanos. As bactérias teriam de ser capazes de interagir com sua bioquímica para serem perigosas, e essa capacidade está longe de ser real”, explicou o especialista.

4 – Eles não vão se alimentar de humanos

Assim como eles não seriam reconhecidos pelos patógenos locais da Terra como potenciais hospedeiros, os extraterrestres também não reconheceriam a matéria orgânica da Terra como fonte de alimento em potencial. Eles não poderiam nos digerir e provavelmente não teriam tal necessidade.

Jacob Haqq-Misra, astrônomo da Universidade Estadual da Pensilvânia, disse: “Uma sociedade capaz de realizar viagens interestelares deveria ter resolvido seus problemas de desenvolvimento de tal forma que não precisasse usar seres humanos como alimento”.

5 – Eles não vão acasalar com humanos

O DNA humano não pode ser combinado com outro código genético alienígena. “A ideia de que eles viriam para fins de reprodução parece o pensamento positivo de pessoas que não têm boas vidas sociais”, disse Shostak. “Pense em quão bem nós nos reproduzimos na Terra com nosso DNA. Seria como tentar cruzar com uma árvore de carvalho”.

6 – Provavelmente, eles não virão pessoalmente

Quando uma civilização avança, tende a deixar as máquinas realizarem seu trabalho sujo. Carros substituem cavalos, bombas nucleares substituem infantarias, drones substituem aviões de combate.

Tudo isso com o único objetivo de aumentar a eficiência nas mais variadas funções. Geralmente, isso é um esforço de seres vivos para resistirem à segunda Lei da Termodinâmica, ou a regra de que o transtorno tende a aumentar no Universo.

Na verdade, a “vida” é, algumas vezes, definida como uma força que luta pelo fim. O princípio da Física detém ampla veracidade do cosmos, e assim, qualquer raça de seres avançaria de forma similar aos humanos, tornando-se gradualmente mais eficientes através da invenção de máquinas e tecnologias.

No momento em que uma raça alienígena é sofisticada o suficiente para chegar ao nosso planeta, atravessando galáxias, eles muito provavelmente irão preferir fazer isso remotamente, permanecendo em seu planeta. “As possibilidades são que os primeiros invasores seriam uma espécie de máquina com inteligência artificial”, disse Shostak.

7 – Pode ser que eles nem existam!

Supomos tudo isso, até então, porém… será que existe vida fora da Terra da maneira que pensamos? A noção generalizada de que a vida provavelmente exista em muitos ou todos os outros planetas habitáveis ​​no Universo é amplamente baseada na comparação com a rápida e eficiente forma que a vida surgiu na Terra.

Porém, pouco (ou quase nada) sabemos sobre a probabilidade de um evento semelhante além de nossa atmosfera. Apesar de décadas de esforço, sequer chegamos perto de desencadear a gênese da vida em um laboratório. A abiogênese – vida decorrente de produtos químicos sem vida – poderia ser extremamente rara. A vida na Terra poderia ser uma anomalia, diferente de tudo que existe. 

Dois astrofísicos da Universidade de Princeton, nos EUA, recentemente aplicaram um novo tipo de análise estatística aos primórdios da gênese da vida na Terra. O estudo determinou que a história da Terra não diz absolutamente nada sobre a probabilidade de que a vida possa existir em outro lugar.

A desconfiança aumenta com as farsas recorrentes de aficionados por extraterrestres, que forjam provas, vídeos, imagens e até mesmo corpos de supostos aliens, em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades e da população, tentando embasar suas suspeitas.

No caso mais recente de uma farsa envolvendo supostas provas, pesquisadores UFO alegaram ter encontrado imagens de sessenta anos de idade, mostrando um pequeno alienígena que havia sido capturado do local do acidente Roswell, em 1947, na chamada Área 51. Porém, o corpo da imagem pertencia a uma criança mumificada do Museu de São Francisco, nos EUA.

[ Fonte: Live Science ]

[ Foto: Reprodução / You Tube ]

Jornal Ciência