TOP 5 dicas para evitar a radiação dos celulares

de Julia Moretto 0

Segundo alguns estudos, pode haver uma associação entre os celulares e doenças como o Câncer, porém esses dados precisam ser certificados. No passado, foi possível evidenciar a relação entre o cigarro e o Câncer, mas a causa exata da doença não podia ser compreendida.

Essa é a preocupação de Devra Davis, Diretora do Centro de Oncologia Ambiental da Universidade de Pittsburg, nos EUA. Pois não há nada que comprove que os celulares sejam nocivos, assim como não podemos ter certeza de que eles sejam seguros. Essa preocupação é ainda maior quando envolve crianças. Se alguém de 14 está fumando, você não vai se preocupar com desenvolvimento do câncer naquele instante. As consequências do tabaco podem levar décadas para se acumularem no organismo, gerando as mutações que levam ao câncer. Do mesmo jeito, esse processo pode ocorrer com os celulares: como estão no mercado há pouco tempo, não se sabe os efeitos a longo prazo.  

O grupo de pesquisa da Dr.ª Devra, especialista em Câncer, aconselhou que as pessoas usassem o celular via viva voz ou por meio de fones de ouvido. Para ela, as crianças só deveriam usar os aparelhos muito raramente, pois possuem o crânio mais fino e o cérebro em desenvolvimento. O grupo também afirma que os aparelhos não devem ser carregados no bolso ou na cintura, pois dessa forma você está “cozinhando a sua medula óssea”.

Se você também acredita que os celulares podem desenvolver câncer no futuro, a tarefa é descobrir maneiras de usar a tecnologia de forma mais segura. Mas, enquanto não houver consenso sobre a questão, o que podemos fazer? Bom, é fato que os aparelhos celulares emitem radiação, porém alguns métodos podem reduzir essa exposição ou simplesmente eliminá-la. Confira:

1 – Adquira um celular com menos radiação

O nível de radiação do celular pode ser observado através da Taxa de Absorção Específica (specific absorption rate – SAR). Mas o que realmente importa é o nível de exposição. Por isso, se você usa o celular com frequência, é importante comprar um aparelho com uma SAR menor. Mas se você utiliza pouco o celular, sua exposição é consequentemente reduzida.

2 – Fone de ouvido de “tubo oco”

É semelhante a um fone comum. A única diferença é que a parte próxima ao ouvido é oca, sem fios. Dessa forma, você recebe o som por meio de ar e não de ondas de rádio.

3 – Utilize fones Bluetooth

Segundo Magda Havas, professora associada do Institute for Health Studies da Universidade de Trent em Ontário, no Canadá, o fone Bluetooth emite cem vezes menos radiação do que quando seguramos o telefone no ouvido.

Apesar de gostar da solução Bluetooth, Magna alerta para as pessoas não utilizarem o fone na cabeça caso não estejam falando. Isso porque o dispositivo continua emitindo sinal. Há pessoas que usam o fone a todo instante. A especialista alerta que é melhor alternar o aparelho entre os ouvidos para reduzir a exposição de apenas um lado. 

4 – Coloque uma conta de ferrite no fio do fone

Uma conta de ferrite pode ser colocada no fio do fone de ouvido para evitar a emissão de radiação. Ela foi criada justamente para absorver a radiação. Você pode adquiri-las por um ótimo preço em lojas ou na internet. 

De acordo com pesquisas realizadas na Universidade de York, na Inglaterra, se você usar a conta de ferrite, a radiação emitida pelo fio não pode ser medida. Em outras palavras, o dispositivo zera a radiação. Porém, algumas situações precisam ser analisadas. Caso o celular esteja no seu bolso, o aparelho está radiando o seu corpo. Mas se você estiver muito preocupado com a radiação, mantenha o aparelho o mais afastado possível e que o fio não toque em você.

5 – Utilize a função viva voz

Para todos os especialistas, essa é a melhor alternativa para evitar a radiação. Basicamente, por que não há nada próximo de sua cabeça. “Coloque-o a algumas dezenas de centímetros. Meio ou um metro é o ideal”, disse Magda. Segundo ela, cada centímetro longe do seu corpo, faz com que a radiação se reduza rapidamente. Por exemplo, com 5 cm de distância, a redução é 4 vezes. Já se você segurar a 10 cm, da radiação cai para 16 vezes.

É importante lembrar que muitos utilizam o aparelho na orelha porque usam pouco. A analogia deve ser feita com o cigarro. Uma pessoa que fuma dois cigarros, não precisa se preocupar da mesma forma que uma pessoa que fuma um maço por dia.

[ CNN ] [ Fotos: Reprodução / Pixabay ]

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