Terremoto que atingiu Nova Zelândia no início do mês criou falhas de até 4 metros

de Merelyn Cerqueira 0

No dia 14 de novembro, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região de Kaikoura, a pouco mais de 960 quilômetros ao norte de Christchurch, na Ilha do Sul da Nova Zelândia.

Desde o desastre natural, cientistas foram autorizados a explorar a área. Eles descobriram uma formação rochosa, bem como estradas, que revelavam um caminho de deslocamento de terra. A força do terremoto foi tão grande, que os deslizamentos também criaram uma barragem natural no rio Leader, segundo informações do jornal Daily Mail.

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A equipe de reconhecimento, da Universidade de Canterbury (UC), NZ, que compreendia os professores Jarg Pettinga, Clark Fenton, Anekant Wandres, Alan Bischoff e Andrea Barrier, esteve em campo desde a semana seguinte ao tremor. Eles se aventuraram até Kaikoura e concentraram os esforços na Bacia Norte de Culverden, em uma área chamada Mount Lyford.

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Imagens reveladas pela Dr.ª Kate Pedley, que se juntou posteriormente ao grupo com Dr. Narges Khajavi, mostram uma área outrora de paisagem idílica, que agora é composta por enormes falhas naturais. A especialista da UC tem documentado o progresso da viagem em uma série de fotografias que revela a distorção sofrida pelo terreno em razão do terremoto.

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De acordo com ela, o grupo tentava encontrar falhas na região em torno do epicentro original. “Talvez não sejam tão chamativas quanto as rupturas ao norte de Kaikoura, mas é uma zona complicada com numerosas rachaduras de até 3 km de largura e estruturas associadas”, disse. “A quantidade de pedras, deslizamentos de terra e desmoronamentos é incrível”.

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Estradas, campos e montes inteiros foram perturbados em razão do tremor. Fotografias revelam passagens esboçadas entre a grama e estradas na paisagem. O terremoto foi tão grande que até criou uma represa natural do rio Leader.

De acordo com o professor de Engenharia Geológica, Dr. Clark Fenton, uma resposta rápida de campo foi vital para a recolha de dados. Além de medir o deslocamento de terra, a equipe também recuperou um cordeiro vivo que esteve preso em uma fissura com 1,5 metro de profundidade.

O primeiro dia de reconhecimento também serviu para localizar uma ampla e complexa zona de falhas que se estendeu do rio Masson, passando através da planície do rio Waiau, até a Planície do Emu, cerca de sete quilômetros a oeste de Waiau.

A zona total de falhas é de cerca de 3,22 quilômetros de diâmetro. A maioria ocorreu em locais de falhas nunca antes mapeados. “Os descolamentos foram observados pela Leslie Hills Road, na extremidade oriental da planície do Emu”, disse Dr. Fenton. “Além da ruptura, a área sofreu com uma liquefação generalizada, que causou danos extensos às estradas locais”.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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