Larvas de mosquitos da Nova Zelândia constroem “cortinas” brilhosas espetaculares!

de Merelyn Cerqueira 0

Membros da ordem Diptera, esses mosquitos, chamados cientificamente de Arachnocampa luminosa, são encontrados exclusivamente na Nova Zelândia.

Recebem seu nome devido a sua peculiar capacidade de brilhar no escuro, utilizada para atrair e capturar suas presas.

Segundo o explorador Mark Sukhija, em seu site Mark’s Travel Notes, um dos lugares mais “espetaculares” para encontrá-los são as cavernas Waitomo Glowworm.

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Segundo ele, os insetos possuem um ciclo de vida de quatro estágios. Primeiro, uma mosca põe em torno de 120 ovos. Cerca de 20 dias depois, as larvas eclodem, formando a segunda fase.

Assim, após esse nascimento, elas constroem um ninho, pendurando-se no teto por meio de fios de seda cobertos com muco bioluminescente.

Essas linhas brilhosas funcionam como armadilhas para insetos, que, atraídos pela luz, ficam presos até que sejam comidos.

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Na terceira fase, a da pupa, que ocorre entre o período de larva e mosca adulta – equivalente à fase de casulo da borboleta – são produzidos os fios brilhantes, onde ficam penduradas por cerca de 13 dias.

Na quarta e última, a adulta, o inseto não se alimenta mais, sendo sua única função acasalar e propagar a espécie. O macho aguarda a fêmea emergir de sua pupa para que a reprodução ocorra imediatamente.   

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Para que sobrevivam, esses mosquitos precisam da umidade, que mantém as linhas pegajosas, suspensas e brilhantes. De acordo com a bióloga Karlla Patricia, do Diário de Biologia, a bioluminescência desses insetos ocorre devido às reações químicas dentro de um órgão localizado na extremidade do tubo excretor.

Semelhante aos vagalumes, que produzem a enzima luciferase juntamente com a luciferina e oxigênio para que ocorra a luminosidade natural, as Arachnocampa o fazem para atrair alimentos. Assim, quanto mais faminta estiver, mais forte brilhará, com fios que podem chegar até 50 centímetros de comprimento.

Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

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