O importante papel da luz solar na saúde mental

de Julia Moretto 0

De acordo com um novo estudo realizado pela Universidade Brigham Young (BYU), nos EUA, o tempo entre o nascer e o pôr-do-sol é a variável climática que mais interfere na nossa saúde mental e emocional.

Apesar dos nossos dias sofrerem alterações de temperatura, poluição e até pancadas de chuva, não são esses fatores que nos colocam para baixo. Isso porque se temos um bom tempo de luz solar, nosso nível de sofrimento emocional se mantém estável. Essa relação é aplicada à população clínica em geral e não somente a pessoas com Transtorno Afetivo Sazonal.

“Em um dia chuvoso, ou em um dia mais poluído, as pessoas supõem que elas terão mais sofrimento emocional, mas nós não vimos isso. Nós observamos a irradiação solar, ou a quantidade de luz solar que realmente atinge o chão. Tentamos levar em conta os dias nublados, chuvosos, poluição, mas a única coisa que se mostrou realmente significativa foi a quantidade de tempo entre o nascer e o pôr-do-sol”, explicou Mark Beecher, professor clínico e psicólogo licenciado na BYU.

Após esse resultado, os terapeutas devem saber que no período do inverno, a procura pelo seu trabalho será maior, já que o dia passa a ter menos horas de Sol.

Primeiro passo

A ideia de começar um estudo com esse tema, que foi publicado no Journal of Affective Disorders, começou a partir de uma conversa que despertou a curiosidade profissional de Beecher. “Um dia passei por uma tempestade e perguntei ao Mark se ele atendia mais clientes nestes dias. Ele disse que não tinha certeza, que era uma questão aberta e difícil de obter dados precisos”, contou Lawrence Rees, professor de física da BYU.

Foi então que Rees teve a ideia de estudar o assunto. Por ser professor de Física, Rees tinha acesso aos dados meteorológicos da área de Provo, no estado de Utah, nos EUA. Já Beecher, por ser psicólogo, tinha acesso aos dados de saúde emocional da mesma área.

“Nós percebemos que tínhamos acesso a um bom conjunto de dados que muitas pessoas não têm”, comentou Beecher. Para completar, a dupla resolveu chamar o professor de Estatística da BYU, Dennis Eggett, para contribuir com a pesquisa.

[ Science Daily ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]

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