Mito ou verdade: existe um “botão nuclear”?

de Julia Moretto 0

Seja em filmes de ação ou crônicas de jornais e revistas, todo mundo já se deparou com a ilustração de um grande líder na frente de um botão vermelho, que se acionado, destruirá o mundo. Essa popular imagem nada mais é do que uma metáfora para retratar o início de uma hipotética guerra nuclear.

De acordo com a BBC, esse famoso botão não existe. Segundo uma publicação, no Reino Unido, embora a escolha de começar ou não um ataque nuclear seja de responsabilidade do primeiro-ministro, há protocolos de segurança que devem ser analisados antes que a bomba seja lançada.

Segundo o especialista de defesa nacional, Paul Beaver, é praticamente impossível que o premier britânico tome essa decisão sozinho. Ele deve contar com o apoio de diversas pessoas no processo, como o procurador-geral e o presidente da Comissão de Inteligência e Segurança. Beaver contou que o Ministério de Defesa conta com um sistema que possui uma sequência numérica, que deve ser compatível com um código armazenado em um cofre que está dentro de um submarino.

Se o primeiro-ministro der a ordem, dois oficiais devem apresentar os mesmos códigos em computadores diferentes de forma simultânea, em locais separados no interior do submarino. Antes de chegarem ao cargo, esses dois profissionais passam por testes exaustivos de estabilidade mental.

Além disso, alguns dias depois da posse do cargo, o primeiro-ministro deve escrever uma carta atestando que, caso ele ou seu vice faleçam durante um ataque nuclear, deve ocorrer retaliação. Nesse caso, é o oficial no comando do submarino que se torna responsável por decretar a ordem.

Segundo a BBC, o SIPRI (Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo) possui um relatório com nove países que possuem arsenais nucleares, que juntos, somam cerca de 16.3000 ogivas. O relatório ainda diz que detalhes do protocolo empregado em cada uma dessas nações – em caso de ataque – devem ser mantidos em segredo.

[ BBC ] [ Foto: Reprodução / Wikipédia ]

Jornal Ciência