Millennials não estão prontos para a “vida real”, sugere estudo

de Merelyn Cerqueira 0

Um estudo feito com 2.000 potenciais estudantes descobriu que eles não estão preparados para a vida universitária. Mais da metade dos chamados Millennials não estão preparados para a “vida real”, uma vez que não sabem como pagar contas ou os custos reais de viver sozinho.

Os pesquisadores alertaram ainda que a perspectiva de sair de casa é uma preocupação constante entre estes jovens, e cerca da metade sofre de ansiedade ao considerar esta perspectiva, enquanto 27% estão enfrentando ataques de pânico. Com informações do Daily Mail.

O estudo, que avaliou jovens que estão se preparando para começar a universidade, basicamente descobriu que muitos deles não estão prontos para enfrentar os desafios de viver de forma independente e estão confusos e preocupados com a perspectiva de sair de casa para iniciar o ensino superior.

O problema em números e o despreparo para vida adulta

Cerca de 61% dos Millennials estão preocupados com a perspectiva de iniciar a faculdade, enquanto 58% estão tendo problemas para dormir e 27% sofrendo ataques de pânico.

Os pesquisadores disseram que os resultados sugerem que muitos destes jovens desconhecem as preocupações e desafios da vida universitária.

Cerca de 60% deles disseram acreditar que iriam passar mais tempo em aulas do que fazendo trabalhos. Mas, na prática, a maioria dessas aulas leva muito menos tempo do que as da escola. Cursos de licenciatura, por exemplo, com frequência consomem 10 horas de aulas por semana.

E enquanto muitos participantes se consideravam “bons com dinheiro”, mais da metade admitiu não saber como pagar uma conta. Muitos também não sabiam como pagar o aluguel, que é o maior custo para estudantes depois das mensalidades.

Quando questionados sobre suas finanças, apenas metade dos jovens identificou a acomodação como maior despesa. Os outros afirmaram acreditar que a maior despesa será as mensalidades universitárias, seguidas de dinheiro para se divertir, para sociedades estudantis, mantimentos e materiais para os cursos.

Segundo Nick Hillman, diretor do Instituto de Política de Educação Superior (HEPI), que realizou a pesquisa, é necessário fazer mais para ajudar esses alunos a se prepararem para a vida universitária e “preencher esta lacuna” de saber entre o que é a escola e a faculdade.

“Nós sabemos muito sobre que os alunos pensam, mas muito pouco sobre o que se aplica ao ensino superior e o que acreditam que vai acontecer quando chegarem lá”, disse. “Nós nos propusemos a corrigir essa lacuna porque as pessoas que esperam uma experiência universitária diferente daquela que recebem ficam menos satisfeitas e aprendem menos” – e consequentemente também estão menos preparadas para o mercado de trabalho.

A pesquisa descobriu ainda que muitos destes potenciais universitários que atualmente enfrentam problemas de saúde mental não planejam informar a universidade sobre sua condição.

Apenas um terço deles afirmou que o faria, o que suscita preocupações de que as instituições não poderão preparar adequadamente as demandas de tratamento.

Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução / Flickr

Jornal Ciência