Japonês gasta R$ 65 mil para se casar com um holograma de “16 anos”

de Otto Valverde 0

A história por si só é bastante curiosa e ganhou as manchetes dos jornais asiáticos. Hatsune Miku, uma cantora de realidade virtual foi pedida em casamento pelo japonês Akihiko Kondo.

A mãe de Akihiko, indignada, se recusou a receber o convite de casamento. As fontes japonesas que cobriram a cerimônia orçaram um gasto total equivalente a R$ 65 mil.

Nenhum parente de Akihiko foi à cerimônia um tanto quanto “diferente”. A união de Miku – um holograma feminino de 16 anos de olhos azuis e cabelos extremamente longos – foi comemorada por ele como sendo o grande amor de sua vida.

O japonês “conheceu” Miku em março desde ano. Trata-se de um aparelho de realidade virtual que custa R$ 10 mil. É uma espécie de cápsula eletrônica.

Além da cápsula eletrônica, onde passa boa tarde do tempo se comunicando, ele tem uma versão pelúcia da atual esposa, para dormir ao seu lado.

Akihiko disse ser um homem japonês casado comum. Afirma que a esposa o acorda todas as manhãs e ela se despede carinhosamente quando ele vai trabalhar como administrador de uma escola local de sua cidade.

Miku é interconectada com o sistema da casa, então à noite, ela consegue ligar as luzes da residência, esperando que seu marido chegue. Ela ainda diz a hora que ele deve ir para a cama para dormir e iniciar o dia de forma saudável.

Akihiko usa aliança junto com Miku. Ele no dedo tradicional anelar da mão esquerda. Ela, no punho esquerdo para ficar mais visível, já que sua mão é minúscula.

Para quem está em dúvida, o casamento não tem base legal nas leis japonesas. Apesar disso, a empresa responsável pela fabricação de Miku, a Gatebox, emitiu uma certidão de casamento, sendo isso suficiente para satisfazer os anseios de Akihiko.

Mania nacional?

Apesar de bastante estranho para muita gente, especialistas se preocupam com a prática que só cresce no Japão.

Um número incontável de jovens tem abandonado relações amorosas humanas, por medo ou por traumas de abandonos anteriores, partindo para relações estáveis virtuais, quase sempre não aprovadas pelas famílias, o que aumenta consideravelmente a cultura de isolamento social.

Fonte: Mirror / Metro Fotos: Reprodução / Mirror 

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