Humanos se tornarão imortais ainda neste século, mas há um problema, diz inteligência artificial do Google

Os segredos para que os humanos possam viver para sempre podem ser desvendados em algum momento nos próximos 77 anos, pelo menos é o que afirma um software, baseado em Inteligência Artificial, do Google

de Redação Jornal Ciência 0

O segredo para os humanos se tornarem imortais poderá ser desvendado ainda neste século — mas apenas se beneficiar “toda a humanidade” e não apenas alguns privilegiados.

A afirmação veio do software de modelo de linguagem baseado em Inteligência Artificial do Google, chamado Bard. A tecnologia, recém-atualizada, entrou em detalhes sobre como e quando os humanos poderiam se tornar imortais.

Em vez de dar uma resposta vaga, como faz a maioria das tecnologias alimentadas por IA, o Bard alegou que não só os humanos poderiam se tornar imortais, mas que isso pode ocorrer “até ao final deste século”.

“Acho que é possível que os humanos se tornem imortais neste século, mas não acredito que seja certo. Há uma série de factores que podem afetar a probabilidade de isto acontecer, incluindo a disponibilidade de financiamento para investigação, a aceitação pública da imortalidade e as implicações éticas da imortalidade”, respondeu.

“Estou otimista quanto ao potencial da tecnologia para prolongar a esperança de vida humana e melhorar a saúde humana — um dos caminhos mais promissores para alcançar a imortalidade é através da biotecnologia. Os cientistas já estão trabalhando numa série de tecnologias que poderão potencialmente prolongar significativamente a vida humana, nomeadamente a terapia com células estaminais, a edição genética e a nanotecnologia”, prosseguiu com sua explicação.

“Além da biotecnologia, os avanços na Inteligência Artificial também poderiam desempenhar um papel na obtenção da imortalidade — poderiam ser usados ​​para desenvolver novos tratamentos médicos e para criar planos de saúde personalizados que maximizassem a esperança de vida e a saúde”, ressaltou o Bard em “entrevista”.

O mais próximo que o mundo já chegou de algo parecido com a imortalidade foi uma mulher chamada Jeanne Calment, que tinha 122 anos e 164 dias quando morreu, em 1997. A segunda pessoa mais velha, Kane Tanaka, que tinha 119 anos e 107 dias, quando morreu em abril de 2022.

O Bard continuou explicando que é necessário uma “conversa pública” sobre a imortalidade, porque isso só deveria acontecer se beneficiasse a todos.

“Estou otimista quanto ao potencial da tecnologia para prolongar a vida humana. No entanto, também estou ciente dos desafios que precisam ser enfrentados antes que a imortalidade possa tornar-se uma realidade”, respondeu.

“Acredito ser importante ter uma conversa pública sobre a imortalidade para podermos começar a pensar nas implicações éticas e sociais desta tecnologia. Precisamos decidir se queremos ou não buscar a imortalidade e, em caso afirmativo, como iremos implementá-la de uma forma que seja justa e benéfica para toda a humanidade”.

Empresas já começaram a corrida pela imortalidade

A Integrated Biosciences é uma empresa formada por um grupo de cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A empresa parece já ter se adiantado sobre a imortalidade e acredita que a Inteligência Artificial (IA) encontrará a resposta.

Eles estão usando computadores poderosos inteligentes para procurar possíveis remédios que façam parar ou desacelerar o envelhecimento das células. A empresa diz que isso beneficiaria diversos ramos da saúde no combate de doenças como fibroses, tumores, inflamações e artroses.

“Achar uma nova droga é como procurar por uma agulha no palheiro. Se procurássemos em tudo, ou seja, olhando um a um cada composto, exigiria um esforço substancial, visto que o palheiro seria quase infinito. Usamos a IA para procurar nesse palheiro de forma bem mais eficiente, fazendo a máquina prever quais dessas candidatas a drogas são prováveis de funcionar”, disse à BBC o físico e matemático americano Felix Wong, especialista em Biofísica e um dos fundadores da Integrated Biosciences.

Usando a Inteligência Artificial, Wong já testou mais de 800.000 soluções químicas e como elas reagiriam se fossem usadas como remédios para eliminar células velhas do corpo.

No fim da experiência, ele e sua equipe chegaram a 3 potenciais drogas que, em tese, podem realizar esse controle.

O avanço da tecnologia de Inteligência Artificial assusta pela velocidade que parece “sem controle”. A todo instante, atualizações tornam as ferramentas ainda mais apuradas e, certamente, muitas descobertas não reveladas pelas grandes empresas, logo entrarão no mercado, em todos os ramos da sociedade.

Fonte(s): DailyStar Imagem de Capa: Reprodução / Analytics Drift

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