O segredo para os humanos se tornarem imortais poderá ser desvendado ainda neste século — mas apenas se beneficiar “toda a humanidade” e não apenas alguns privilegiados.
A afirmação veio do software de modelo de linguagem baseado em Inteligência Artificial do Google, chamado Bard. A tecnologia, recém-atualizada, entrou em detalhes sobre como e quando os humanos poderiam se tornar imortais.
Em vez de dar uma resposta vaga, como faz a maioria das tecnologias alimentadas por IA, o Bard alegou que não só os humanos poderiam se tornar imortais, mas que isso pode ocorrer “até ao final deste século”.
“Acho que é possível que os humanos se tornem imortais neste século, mas não acredito que seja certo. Há uma série de factores que podem afetar a probabilidade de isto acontecer, incluindo a disponibilidade de financiamento para investigação, a aceitação pública da imortalidade e as implicações éticas da imortalidade”, respondeu.
“Estou otimista quanto ao potencial da tecnologia para prolongar a esperança de vida humana e melhorar a saúde humana — um dos caminhos mais promissores para alcançar a imortalidade é através da biotecnologia. Os cientistas já estão trabalhando numa série de tecnologias que poderão potencialmente prolongar significativamente a vida humana, nomeadamente a terapia com células estaminais, a edição genética e a nanotecnologia”, prosseguiu com sua explicação.
“Além da biotecnologia, os avanços na Inteligência Artificial também poderiam desempenhar um papel na obtenção da imortalidade — poderiam ser usados para desenvolver novos tratamentos médicos e para criar planos de saúde personalizados que maximizassem a esperança de vida e a saúde”, ressaltou o Bard em “entrevista”.
O mais próximo que o mundo já chegou de algo parecido com a imortalidade foi uma mulher chamada Jeanne Calment, que tinha 122 anos e 164 dias quando morreu, em 1997. A segunda pessoa mais velha, Kane Tanaka, que tinha 119 anos e 107 dias, quando morreu em abril de 2022.
O Bard continuou explicando que é necessário uma “conversa pública” sobre a imortalidade, porque isso só deveria acontecer se beneficiasse a todos.
“Estou otimista quanto ao potencial da tecnologia para prolongar a vida humana. No entanto, também estou ciente dos desafios que precisam ser enfrentados antes que a imortalidade possa tornar-se uma realidade”, respondeu.
“Acredito ser importante ter uma conversa pública sobre a imortalidade para podermos começar a pensar nas implicações éticas e sociais desta tecnologia. Precisamos decidir se queremos ou não buscar a imortalidade e, em caso afirmativo, como iremos implementá-la de uma forma que seja justa e benéfica para toda a humanidade”.
Empresas já começaram a corrida pela imortalidade
A Integrated Biosciences é uma empresa formada por um grupo de cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A empresa parece já ter se adiantado sobre a imortalidade e acredita que a Inteligência Artificial (IA) encontrará a resposta.
Eles estão usando computadores poderosos inteligentes para procurar possíveis remédios que façam parar ou desacelerar o envelhecimento das células. A empresa diz que isso beneficiaria diversos ramos da saúde no combate de doenças como fibroses, tumores, inflamações e artroses.
“Achar uma nova droga é como procurar por uma agulha no palheiro. Se procurássemos em tudo, ou seja, olhando um a um cada composto, exigiria um esforço substancial, visto que o palheiro seria quase infinito. Usamos a IA para procurar nesse palheiro de forma bem mais eficiente, fazendo a máquina prever quais dessas candidatas a drogas são prováveis de funcionar”, disse à BBC o físico e matemático americano Felix Wong, especialista em Biofísica e um dos fundadores da Integrated Biosciences.
Usando a Inteligência Artificial, Wong já testou mais de 800.000 soluções químicas e como elas reagiriam se fossem usadas como remédios para eliminar células velhas do corpo.
No fim da experiência, ele e sua equipe chegaram a 3 potenciais drogas que, em tese, podem realizar esse controle.
O avanço da tecnologia de Inteligência Artificial assusta pela velocidade que parece “sem controle”. A todo instante, atualizações tornam as ferramentas ainda mais apuradas e, certamente, muitas descobertas não reveladas pelas grandes empresas, logo entrarão no mercado, em todos os ramos da sociedade.
Fonte(s): DailyStar Imagem de Capa: Reprodução / Analytics Drift