Um novo estudo feito pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, sugeriu que crianças que se exercitam podem ter riscos reduzidos de desenvolver doenças cardíacas e até mesmo câncer na vida adulta.
Os pesquisadores descobriram em experimentos realizados em ratos que quando estes são mais fisicamente ativos antes de atingir a maturidade sexual desenvolvem genes menos favoráveis a inflamações, ainda que comam dietas ricas em gorduras. Os efeitos foram observados mesmo quando os animais atingiam a vida adulta. Com informações do Daily Mail.
Pesquisas anteriores já haviam demostrado que uma dieta rica em gorduras pode aumentar a atividade de genes que causam inflamações. A inflamação, por sua vez, já foi associada a um risco maior de obesidade, doenças cardíacas e câncer.
O que os pesquisadores descobriram é que a prática de exercícios físicos de forma precoce pode promover o desenvolvimento de genes que ‘recusam’ inflamações. Para tal, os cientistas consideraram 80 camundongos com idades aproximadas de seis semanas – antes de atingirem a maturidade sexual.
A um dos grupos de ratos foi fornecida dietas ricas em gordura juntamente com uma roda para prática de exercícios dentro das gaiolas, enquanto o outro apenas dietas ricas em gordura e nenhum acesso a rodas de exercícios. Os resultados, que foram publicados na revista Frontiers in Physiology, mostraram que os efeitos duraram metade da vida dos animais.
“O que foi notável foi que essas mudanças duraram muito tempo depois que os ratos deixaram de fazer esse exercício extra – em sua meia-vida”, explicou o autor do estudo, Dr. Justin O’Sullivan. “A medula óssea carregava uma ‘memória’ dos efeitos do exercício”.
“Os ratos ainda ficaram gordos, mas esse primeiro exercício extra basicamente os configurou de modo que, apesar de terem aumentado de peso, não tinham o mesmo perfil de efeitos negativos que é comum com uma dieta rica em gordura”. Logo, os cientistas consideram que os resultados positivos relacionados à prática de exercícios físicos também poderiam ser observados em crianças.
Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução / SFAB