Adolf Hitler e Eva Braun: uma história de amor selada com cianeto

de Merelyn Cerqueira 0

A última coisa a que o nome de Adolf Hitler pode nos remeter é uma história de amor. Responsável pela morte de milhões de pessoas durante o Holocausto, período em que liderou o movimento fascista na Alemanha, o homem nunca foi associado a outros acontecimentos senão guerra, nazismo e morte.

No entanto, apenas uma pessoa, em meio a todo o caos da Segunda Guerra Mundial, poderia dar um toque diferente a sua história: Eva Braun. A mulher não foi capaz de abandoná-lo, e conseguiu amá-lo até a morte mesmo com todas as atrocidades cometidas por ele.

Hitler-e-Eva-Braun_02

Segunda filha de Friedrich Braun e Francisca Kronberger, Eva conheceu o homem que se tornaria seu marido após Geli Raubal – meia-sobrinha e uma das mais próximas relações de Hilter – se suicidar em um apartamento em Munique. Após sua morte, Hitler começou a sair com Eva, que havia sido contratada como assistente do fotógrafo pessoal dele.

Eva tinha apenas 17 anos a época, o que não impediu Hitler de construir um relacionamento com ela. No entanto, ao invés de amor, o que existia entre os dois era uma promessa de lealdade que os manteria juntos até a morte. Embora ambos tenham se suicidado juntos, Eva, particularmente, já tinha tentado uma vez tirar sua própria vida, quando disparou um tiro no peito. Porém, sua tentativa não funcionou.

Hitler-e-Eva-Braun_01

Em 1932, quando haviam se tornado amantes, Eva se mudou para o apartamento de Hitler em Munique e todas as vezes que o líder nazista precisava viajar, ela o acompanhava como parte de sua comitiva. No fim das contas, a moça acabou se tornando a fotografa oficial da comitiva alemã.

A história do casal nunca poderá ser descrita por ternura e tranquilidade e não porque Hitler é considerado o maior assassino da história, mas porque a vida de Braun ao lado de seu amado era meramente um sofrimento que a consumia aos poucos – o suficiente para que tentasse o suicídio pela segunda vez – quando tomou uma overdose de pílulas para dormir. No entanto, os motivos para a vontade de morrer não estavam associados ao clima hostil em que vivia, mas sim porque Hitler não lhe dedicava muito tempo.

Hitler-e-Eva-Braun_03

Apesar do incompreensível amor sentido por ela, o homem ainda não havia lhe reconhecido como esposa. Ele acreditava que Braun era deveras pequena para ser a esposa de um homem de seu calibre. No entanto, ela aos poucos foi ganhando sua confiança, conseguiu cultivar um lugar em sua comitiva e logo se tornou uma mulher intocável.

Embora existisse ali um relacionamento, Hitler nunca deixou de fingir sua solteirice, porque ele se autoconsiderava um herói respeitado, idolatrado e muito desejado pelas mulheres. Por esse motivo, o casal nunca aparecia junto em público e povo alemão não soube do relacionamento até o final da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, pouco se sabe sobre a vida deles, o que entra em um consenso é que Eva de fato considerava o líder nazista a pessoa mais importante de sua vida. Isso pode ser visto no momento em que, quando tudo pareceu estar desmoronando, ela cumpriu sua lealdade e decidiu morrer ao seu lado.

Original Caption: Adolf Hitler with Eva Braun. Undated Photo.

Em 1945, ele até chegou a tentar dissuadi-la para fugir e procurar segurança, mas ela manteve sua promessa e ficou com ele até o fim. O bunker em que o Fürher se trancou antes da morte também foi o último lugar em que Eva pisou. Um dia antes de selarem suas mortes, Adolf demonstrou a Braun que, talvez, no fundo, ele a amava.

No dia 29 de abril de 1945, o casal foi unido em matrimônio. No dia seguinte, já no bunker, Eva engoliu uma cápsula de cianeto e Hitler deu um tiro no lado direito da própria têmpora. Os corpos, supostamente encontrados sentados em um sofá por Heinz Linge e Otto Günsche, foram parcialmente cremados e enterrados secretamente no complexo do departamento de contraespionagem da União Soviética (SMERSH).

[ Cultura Colectiva ] [ Fotos: Reprodução / Cultura Colectiva ]

Jornal Ciência