A última coisa a que o nome de Adolf Hitler pode nos remeter é uma história de amor. Responsável pela morte de milhões de pessoas durante o Holocausto, período em que liderou o movimento fascista na Alemanha, o homem nunca foi associado a outros acontecimentos senão guerra, nazismo e morte.
No entanto, apenas uma pessoa, em meio a todo o caos da Segunda Guerra Mundial, poderia dar um toque diferente a sua história: Eva Braun. A mulher não foi capaz de abandoná-lo, e conseguiu amá-lo até a morte mesmo com todas as atrocidades cometidas por ele.
Segunda filha de Friedrich Braun e Francisca Kronberger, Eva conheceu o homem que se tornaria seu marido após Geli Raubal – meia-sobrinha e uma das mais próximas relações de Hilter – se suicidar em um apartamento em Munique. Após sua morte, Hitler começou a sair com Eva, que havia sido contratada como assistente do fotógrafo pessoal dele.
Eva tinha apenas 17 anos a época, o que não impediu Hitler de construir um relacionamento com ela. No entanto, ao invés de amor, o que existia entre os dois era uma promessa de lealdade que os manteria juntos até a morte. Embora ambos tenham se suicidado juntos, Eva, particularmente, já tinha tentado uma vez tirar sua própria vida, quando disparou um tiro no peito. Porém, sua tentativa não funcionou.
Em 1932, quando haviam se tornado amantes, Eva se mudou para o apartamento de Hitler em Munique e todas as vezes que o líder nazista precisava viajar, ela o acompanhava como parte de sua comitiva. No fim das contas, a moça acabou se tornando a fotografa oficial da comitiva alemã.
A história do casal nunca poderá ser descrita por ternura e tranquilidade e não porque Hitler é considerado o maior assassino da história, mas porque a vida de Braun ao lado de seu amado era meramente um sofrimento que a consumia aos poucos – o suficiente para que tentasse o suicídio pela segunda vez – quando tomou uma overdose de pílulas para dormir. No entanto, os motivos para a vontade de morrer não estavam associados ao clima hostil em que vivia, mas sim porque Hitler não lhe dedicava muito tempo.
Apesar do incompreensível amor sentido por ela, o homem ainda não havia lhe reconhecido como esposa. Ele acreditava que Braun era deveras pequena para ser a esposa de um homem de seu calibre. No entanto, ela aos poucos foi ganhando sua confiança, conseguiu cultivar um lugar em sua comitiva e logo se tornou uma mulher intocável.
Embora existisse ali um relacionamento, Hitler nunca deixou de fingir sua solteirice, porque ele se autoconsiderava um herói respeitado, idolatrado e muito desejado pelas mulheres. Por esse motivo, o casal nunca aparecia junto em público e povo alemão não soube do relacionamento até o final da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, pouco se sabe sobre a vida deles, o que entra em um consenso é que Eva de fato considerava o líder nazista a pessoa mais importante de sua vida. Isso pode ser visto no momento em que, quando tudo pareceu estar desmoronando, ela cumpriu sua lealdade e decidiu morrer ao seu lado.
Em 1945, ele até chegou a tentar dissuadi-la para fugir e procurar segurança, mas ela manteve sua promessa e ficou com ele até o fim. O bunker em que o Fürher se trancou antes da morte também foi o último lugar em que Eva pisou. Um dia antes de selarem suas mortes, Adolf demonstrou a Braun que, talvez, no fundo, ele a amava.
No dia 29 de abril de 1945, o casal foi unido em matrimônio. No dia seguinte, já no bunker, Eva engoliu uma cápsula de cianeto e Hitler deu um tiro no lado direito da própria têmpora. Os corpos, supostamente encontrados sentados em um sofá por Heinz Linge e Otto Günsche, foram parcialmente cremados e enterrados secretamente no complexo do departamento de contraespionagem da União Soviética (SMERSH).
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