Em uma reportagem exclusiva feita pelo programa Domingo Espetacular, da Record, foram reveladas imagens de um documentário produzido pelo cineasta Alfred Hitchcock, com registros inéditos do Holocausto.
Tal evento, que teve lugar durante a Segunda Guerra Mundial e foi promovido pela Alemanha Nazista de Hitler, resultou na morte de cerca de seis milhões de judeus.
Embora muitas pessoas acreditem que haja teorias de que o holocausto nunca aconteceu, o filme de Hitchcock revela o contrário. As imagens, que foram cedidas pelo Museu Imperial da Guerra, de Londres, mostram os judeus dentro de campos de concentração vivendo em condições desumanas.
Guardadas durante décadas, elas são provenientes de um documentário inacabado de um dos maiores gênios do cinema, Alfred Hitchcock, conhecido como “mestre do suspense” e por seus filmes carregados de tensão.
Entre suas produções mais famosas está “Psicose”, um longa de suspense que traz uma das cenas mais famosas de Hollywood – o assassinato a facadas no chuveiro.
O documentário em questão, originalmente nomeado como “Memória dos Campos”, foi registrado em 1945, logo após o final da Segunda Guerra, quando as forças aliadas derrotaram o exército nazista e avançaram para dentro da Alemanha e Polônia ocupadas.
Na ocasião, milhares de judeus foram libertados de dezenas de campos, incluindo Bergen-Belsen, Dachau e Auschwitz.
Para que a história não fosse esquecida e repetida, fizeram questão de registrar as imagens em filmes. Elas revelam que os alemães viviam com conforto ao lado dos campos de concentração, onde milhões de judeus e outras minorias definhavam até a morte ou eram sistematicamente exterminados.
Como grande parte dos corpos não foi enterrada ou queimada durante o evento de libertação, foram os milhares de alemães que viviam próximos que tiveram que ajudar a enterrá-los em valas comuns.
Ainda, porque o filme não chegou a ser concluído, boa parte das imagens foram esquecidas em arquivos do Museu Imperial da Guerra. Somente nos anos 1980 uma primeira versão foi lançada, mas de forma incompleta, conforme revelado pela reportagem.
Então, e somente após mais de 70 anos após o final da Guerra, os especialistas recuperaram o material e relançaram o filme de acordo com as orientações do roteiro original.
Lançado em 2014, o documentário, agora sob o nome “Fatos dos campos de concentração”, só foi exibido em alguns festivais de cinema. No entanto, neste mês de abril, após 72 anos de ter sido filmado e 37 anos após a morte de Hitchcock, o filme será lançado em DVD para o grande público.
O responsável pelo projeto de recuperação, Dr. Toby Haggith, curador do Museu, teve acesso ao roteiro original do filme, que continha todas as indicações dos produtores.
Segundo ele, Hitchcock pediu que as imagens fossem feitas de forma panorâmica e com poucos cortes de edição, para que o público tivesse certeza de que eram reais.
Ainda, ele sugeriu a inserção de mapas para ajudar o público a localizar os campos em suas próprias cidades. Essa, segundo ele, era uma indicação de que os moradores alemães tinham conhecimento da existência dos campos.
No entanto, como teve de voltar aos EUA, o filme não foi finalizado e as imagens foram transformadas em arquivo de guerra. Para Dr. Haggith, as imagens são acima de tudo documentos oficiais, registradas por tropas e catalogadas em nome do cinegrafista.
Contudo, ele acredita que elas ajudam a acabar de vez com as teorias negacionistas, que afirmam que o holocausto nunca aconteceu e que número de vítimas foi inventado pelos judeus.
Fonte: R7 Foto: Reprodução / R7