Arqueólogos encontram pênis gravado em rocha há mais de 1.800 anos em sinal de “boa sorte”

de Merelyn Cerqueira 0

Um grupo de arqueólogos encontrou uma mensagem de boa sorte deixada por soldados romanos na Muralha de Adriano, localizada ao norte da Inglaterra e na fronteira da atual Escócia.

A mensagem, que foi esculpida em uma pedra, basicamente ilustra um pênis, que foi deixado ali há cerca de 1.800 anos.

Segundo os arqueólogos, o desenho foi feito por volta do ano de 207 e representa a afinidade que os militares tinham por rabiscos envolvendo a genitália masculina – embora não o fizessem para fins eróticos.

A descoberta foi feita graças a uma parceria entre a Newcastle University e a Historic England, que juntas descobriram seções de gravuras esculpidas por soldados romanos no ano de 207 em uma pedreira perto de uma seção da Muralha.

Além do pênis, já foram descobertas caricaturas oficiais e mensagens que ajudarão os pesquisadores a entender melhor como os rabiscos eram feitas e o comportamento dos soldados à época. 

Símbolos fálicos adornam a muralha de Adriano

“Os romanos tinham uma interpretação muito diferente do pênis do que nós temos atualmente. Era basicamente uma espécie de símbolo de boa sorte e era bastante onipresente em toda a Roma Antiga”, explicou Michael Collins, inspetor da Historic England.

A Muralha de Adriano foi projetada para “separar os bárbaros dos romanos”, segundo uma biografia do Imperador Adriano escrita 200 anos após a construção do muro.

Ela estava passando por extensas reformas durante o período em que as esculturas recém-descobertas foram feitas. Foi justamente nestes dias que os soldados romanos, que transportavam pedras para reformar a fortificação, deixaram as mensagens bem-intencionadas.

Com a erosão desempenhando um papel cada vez mais complexo na interpretação visual, os arqueólogos planejam usar o escaneamento a laser para registrar imagens detalhadas da área em que a gravura foi encontrada, segundo a Historic England.

O projeto criará um registro computadorizado em 3D da gravura, preservando-a em perpetuidade para pesquisadores e estudiosos do comportamento humano.

Fonte: Militay Times Fotos: Reprodução / Military Times

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