Aldeia na Indonésia desenterra cadáveres a cada 3 anos para trocar suas roupas

de Otto Valverde 0

O funeral é um dos eventos mais importantes nas vidas das pessoas de Torajan, um grupo étnico indígena que vive na região montanhosa de Tana Toraja. Os moradores vivem no alto das montanhas de Sulawesi, na Indonésia. A área é tão afastada que diversas aldeias foram independentes até os anos 1970, quando a área foi explorada por missionários holandeses.

Grande parte da população faz economias durante a vida para que possa ter um enterro digno. Em alguns casos, o funeral é adiado por semanas – ou mesmo anos – até que a família tenha condições de oferecer um funeral extravagante.

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Porém, o funeral nunca é o adeus. Sempre que um morador idoso morre, seu corpo é enrolado em várias camadas de pano com o objetivo de prevenir a decomposição. Após isso, eles são desenterrados a cada três anos e vestidos com roupas diferentes. Outra curiosidade do Festival de Ma’nene é a substituição também dos caixões.

Além disso, os moradores são incentivados a se casarem dentro da própria família, a partir de primo de quarto grau. Nas crenças Torajan, a morte não é uma etapa final, mas sim apenas um passo para uma vida espiritual.

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As celebrações do funeral podem durar até uma semana. Os moradores acreditam que o espírito de um ente querido deve sempre voltar à sua aldeia de origem. Essa ideia desencoraja as pessoas a saírem da região, já que há a possibilidade de morrerem e seus corpos não serem devolvidos. Em raras ocasiões, um morador morre longe da aldeia e os membros da família vão até o local para trazer o corpo para casa.

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[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

Jornal Ciência